NOVA FCSH no pelotão da frente da inovação tecnológica e pedagógica em Tradução
David Hardisty e Marco Neves, docentes de Informática para a Tradução na NOVA FCSH e investigadores do CETAPS, criaram um projeto que integra as ferramentas dtradução nas aulas de Prática da Tradução que foi reconhecido na Conferência Internacional ‘memoQfest’ como “um exemplo a seguir por universidades em todo o mundo”. 
 
A empresa reconheceu o esforço desenvolvido pelos docentes da NOVA FCSH através da publicação internacional de um ‘case study’ com o título “A Change in Scope: from Training to Education in memoQ”Este documento discute os desafios pedagógicos do ensino das ferramentas em contexto universitário, apresentando soluções práticas desenvolvidas na Faculdade. David Hardisty sublinha: “Não podemos deixar que o ensino das ferramentas seja um pormenor esquecido no início do curso; um tradutor profissional tem de usar estas ferramentas todos os dias”.  Acrescenta ainda que todos os alunos “devem terminar os três anos da licenciatura a saber usar, na prática, estas ferramentas sem dificuldade. Com este projeto, é isso que vai acontecer”.
 

O projeto aproveita as licenças oferecidas pela memoQ Translation Technologies, a empresa húngara que desenvolve o memoQ, uma das principais ferramentas de tradução (“CAT Tools”) do mercado.

Reconhecimento de voz é o futuro da tradução

A conferência internacional onde os dois docentes apresentaram o projeto incluiu também a primeira apresentação em público do produto “Hey memoQ”, um sistema de reconhecimento de voz inovador.

David Hardisty lembra queeste sistema surge depois de Gábor Ungray, um dos directores da memoQ Translation Technologies, ter assistido a uma apresentação do trabalho desenvolvido por mim e pela nossa aluna Joana Bernardo, aqui na NOVA FCSH, em que mostrámos a importância do reconhecimento de voz para os tradutores com deficiência”.

O reconhecimento de voz é um dos campos de investigação mais inovadores no âmbito da prática da tradução, pois permite, entre outras vantagens, diminuir as consequências negativas para a saúde do uso continuado do teclado.

O desenvolvimento destas soluções passa, sem dúvida, pela NOVA FCSH. Foi também por iniciativa de David Hardisty quoutra empresa (Wordfast) integrou o reconhecimento de voz num dos seus produtos.

Marco Neves lembra que a colaboração entre a NOVA FCSH e as empresas de tecnologia para a tradução tem sido muito proveitosa para os dois lados: “Estamos a inovar nas práticas pedagógicas, mas estamos também a ajudar no desenvolvimento das ferramentas de tradução numa perspetiva humana, tanto no que toca a encontrar soluções para traduzir de forma mais saudável, como também para integrar tradutores com deficiência”.