TRABALHOS DO MÊS DE NOVEMBRO
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Título
TRABALHOS DO MÊS DE NOVEMBRO
Criador
M. Rodrigues de Moraes
Agrónomo e proprietário agricultor
Agrónomo e proprietário agricultor
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 439, pág. 2, col. 1, 2, 3
Data
13-11-1897
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
Escava ou encaldeiramento da vinha; sua poda — Lavouras de inverno— arroteamento, e renovamento das pastagens e prados.
Em algumas regiões, usa se fazer no fim do Outono, uma escavação, espécie de caldeira, em volta das cepas, com o fim de ali se reunirem a parras, na sua queda, e acumularem ou reterem as águas das primeiras chuvas, que, arrastando os lodos ou detritos da vinha e especialmente dos caminhos, produzem o efeito de uma boa estrumação.
Este trabalho é muito proveitoso particularmente nas terras declivosas e secas, pois embaraça o arrastamento da parte mais proveitosa da terra dos lugares altos para os fundos.
A par com este amanho faz-se, por vezes, a poda, mas a antecipação deste trabalho nem sempre é justificada.
Compreende-se que nas localidades onde haja risco de virem cedo os gelos, as nevadas ou fortes geadas se faça a poda cedo, pra que esses agentes de destruição pelo frio não encontrem os golpes húmidos, por serem feitos de fresco, gelem a seiva e destruam parte da vara; mas onde não há esse risco, on.de. o clima é suave, não deve começar se a poda antes da queda da folha.
Esta regra só deverá ter excepção, como tenho dito para o caso das cepas estarem atacadas de clorose (parras amarelas com enfraquecimento de varedo), de maromba ou de mal nero (como dizem os italianos) que parece ser a doença da casta diagalves, neste caso, repito, deve podar-se quando ainda a cepa tem parra, podendo ser logo depois da vindima, e lubrificar os golpes com uma diluição forte de sulfato de ferro (caparosa verde) em água.
(…)
Em algumas regiões, usa se fazer no fim do Outono, uma escavação, espécie de caldeira, em volta das cepas, com o fim de ali se reunirem a parras, na sua queda, e acumularem ou reterem as águas das primeiras chuvas, que, arrastando os lodos ou detritos da vinha e especialmente dos caminhos, produzem o efeito de uma boa estrumação.
Este trabalho é muito proveitoso particularmente nas terras declivosas e secas, pois embaraça o arrastamento da parte mais proveitosa da terra dos lugares altos para os fundos.
A par com este amanho faz-se, por vezes, a poda, mas a antecipação deste trabalho nem sempre é justificada.
Compreende-se que nas localidades onde haja risco de virem cedo os gelos, as nevadas ou fortes geadas se faça a poda cedo, pra que esses agentes de destruição pelo frio não encontrem os golpes húmidos, por serem feitos de fresco, gelem a seiva e destruam parte da vara; mas onde não há esse risco, on.de. o clima é suave, não deve começar se a poda antes da queda da folha.
Esta regra só deverá ter excepção, como tenho dito para o caso das cepas estarem atacadas de clorose (parras amarelas com enfraquecimento de varedo), de maromba ou de mal nero (como dizem os italianos) que parece ser a doença da casta diagalves, neste caso, repito, deve podar-se quando ainda a cepa tem parra, podendo ser logo depois da vindima, e lubrificar os golpes com uma diluição forte de sulfato de ferro (caparosa verde) em água.
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Ficheiros
Colecção
Citação
M. Rodrigues de Moraes
Agrónomo e proprietário agricultor, “TRABALHOS DO MÊS DE NOVEMBRO ”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 439, pág. 2, col. 1, 2, 3 , 13-11-1897. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1151.