AGRICULTURA
Batatas doentes
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Título
AGRICULTURA
Batatas doentes
Batatas doentes
Criador
S/ autor
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 489, pág. 2, col. 1
Data
29-10-1898
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
Vimos este ano, procedentes de mais de uma cultura, vários exemplares de batatas cujo aspecto revelava evidentemente, a presença de uma moléstia. Os tubérculos, com manchas escuras, alastradas, apresentavam uma certa moleza, quase flacidez, e humidade na zona afectada. Trata-se, provavelmente, da doença criptogâmica conhecida pela designação de gangrena húmida.
Houve muitos destes casos? Foi intenso o mal? Sobre isto não tivemos, e bem desejaríamos ter informações. Entretanto, na hipótese de que casos que conhecemos não tenham sido excepcionais nem leves, aconselhamos os agricultores que nas suas culturas tenha observado esse mal, a que vendam ou consumam os tubérculos que estiverem imunes, e que destruam os outros, queimando-os. Isto parecerá um desperdício por exagerada precaução, mas esse suposto desperdício poderá evitar graves prejuízos.
Os tubérculos atacados da bacteriose, a que aludimos, nem devem ser ministrados aos animais nem deitados ao estrume porque dessa forma se espalham e difundem os gérmenes da doença.
Tão pouco se devem guardar para semente batatas produzidas em culturas onde a moléstia se manifestou, ainda que as escolhidas pareçam isentas do mal. Nem por isso deixa de existir o perigo da reprodução da doença na cultura feita com tal semente. A sementeira do ano futuro deve ser feita com tubérculos procedentes de outra localidade, e reconhecidamente imune.
(Da Gazeta das Aldeias.)
Houve muitos destes casos? Foi intenso o mal? Sobre isto não tivemos, e bem desejaríamos ter informações. Entretanto, na hipótese de que casos que conhecemos não tenham sido excepcionais nem leves, aconselhamos os agricultores que nas suas culturas tenha observado esse mal, a que vendam ou consumam os tubérculos que estiverem imunes, e que destruam os outros, queimando-os. Isto parecerá um desperdício por exagerada precaução, mas esse suposto desperdício poderá evitar graves prejuízos.
Os tubérculos atacados da bacteriose, a que aludimos, nem devem ser ministrados aos animais nem deitados ao estrume porque dessa forma se espalham e difundem os gérmenes da doença.
Tão pouco se devem guardar para semente batatas produzidas em culturas onde a moléstia se manifestou, ainda que as escolhidas pareçam isentas do mal. Nem por isso deixa de existir o perigo da reprodução da doença na cultura feita com tal semente. A sementeira do ano futuro deve ser feita com tubérculos procedentes de outra localidade, e reconhecidamente imune.
(Da Gazeta das Aldeias.)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/ autor, “AGRICULTURA
Batatas doentes”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 489, pág. 2, col. 1 , 29-10-1898. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1161.
Batatas doentes”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 489, pág. 2, col. 1 , 29-10-1898. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1161.