Remédio do Sr. Torres
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Título
Remédio do Sr. Torres
Criador
S/autor
Fonte
O Agricultor Micaelense, vol. 1, nº 34, p. 575
Data
10-1850
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Transcrevemos do Correio Micaelense a receita publicada pelo Sr. Torres do seu específico:
«Tomai de cinza do lume, forno, ou fogão, um alqueire, lançai numa celha, ou tina, e deita-lhe em cima tanta água fria, quanta baste, para que, no fim de 24 horas, apureis 4 almudes; fazei agitar a água com cinza algumas vezes durante o dia; e no seguinte, quando achardes que ela se acha mais ou menos pira, coai para outra celha os 4 almudes; em 34 e meia canadas de água, misturai 1 e meia de azeite-doce puro; batei a água bem com a mão, para que o fluido oleoso se incorpore, derrame, e dilate por toda a água, e vereis que esta, em razão do princípio potássio, alkali vegetal, que a cinza lhe largou, apoderando-se do óleo, o dilui, expande e dilata por toda a água, de sorte que, instantaneamente obtereis um líquido de pura cor de leite. Assassinai o inimigo das vossas laranjeiras com este líquido milagroso. Não rejeito qualquer outro óleo. Bem cedo porém direi a razão porque me parece melhor o azeite-doce; igualmente direi até que ponto de economia poderá ser levado o uso deste específico, deixai que a experiência me confirme. Em 18 de Agosto último, fiz o primeiro ensaio, com 32 canadas, em laranjeiras minas, e do Sr. Filipe de Andrade. Em 23 de Setembro, tratei 12 laranjeiras ao Sr. Padre Egídio; e em 26, dito mês, ao referido Sr. F. de Andrade, três laranjeiras, na razão de 26 e meia canadas de água e 1 e meia de azeite. Em 9 do corrente, tratei três laranjeiras ao Sr. Ribeiro, com líquido na razão de 36 canadas, isto é 34 e meia de água, e 1 e meia de azeite. Pretendo levar a questão económica até 48 canadas, se for possível.»
«Tomai de cinza do lume, forno, ou fogão, um alqueire, lançai numa celha, ou tina, e deita-lhe em cima tanta água fria, quanta baste, para que, no fim de 24 horas, apureis 4 almudes; fazei agitar a água com cinza algumas vezes durante o dia; e no seguinte, quando achardes que ela se acha mais ou menos pira, coai para outra celha os 4 almudes; em 34 e meia canadas de água, misturai 1 e meia de azeite-doce puro; batei a água bem com a mão, para que o fluido oleoso se incorpore, derrame, e dilate por toda a água, e vereis que esta, em razão do princípio potássio, alkali vegetal, que a cinza lhe largou, apoderando-se do óleo, o dilui, expande e dilata por toda a água, de sorte que, instantaneamente obtereis um líquido de pura cor de leite. Assassinai o inimigo das vossas laranjeiras com este líquido milagroso. Não rejeito qualquer outro óleo. Bem cedo porém direi a razão porque me parece melhor o azeite-doce; igualmente direi até que ponto de economia poderá ser levado o uso deste específico, deixai que a experiência me confirme. Em 18 de Agosto último, fiz o primeiro ensaio, com 32 canadas, em laranjeiras minas, e do Sr. Filipe de Andrade. Em 23 de Setembro, tratei 12 laranjeiras ao Sr. Padre Egídio; e em 26, dito mês, ao referido Sr. F. de Andrade, três laranjeiras, na razão de 26 e meia canadas de água e 1 e meia de azeite. Em 9 do corrente, tratei três laranjeiras ao Sr. Ribeiro, com líquido na razão de 36 canadas, isto é 34 e meia de água, e 1 e meia de azeite. Pretendo levar a questão económica até 48 canadas, se for possível.»
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Colecção
Citação
S/autor, “Remédio do Sr. Torres”. In O Agricultor Micaelense, vol. 1, nº 34, p. 575, 10-1850. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/118.