ASSUNTOS AGRÍCOLAS
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Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 682, p. 2.
Data
22-01-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A aderência das caldas
M. Joseph Perraud, da estação vinícola de Villefranche (Rhône), acaba de publicar os resultados de experiências muito interessantes sobre a ação de diferentes substâncias tendentes a aumentar a aderência das caldas cúpricas.
Essas experiências foram sobretudo feitas a respeito da aderência sobre a uva, aderência muito fraca com as antigas caldas, por causa da pruine cerosa que envolve os bagos e impede a fixação de corpos estranhos.
As conclusões de M. Perraud são as seguintes:
I – A faculdade d’aderência das caldas cúpricas é muito mais fraca nas uvas do que sobre as parras.
II – Sobre o ponto de vista de aderência da uva, as antigas caldas classificam-se pela ordem seguinte:
1º) Calda de carbonato de soda ligeiramente alcalina;
2º) Calda de cal gorda ligeiramente alcalina;
3º) Calda com doses iguais de sulfato de cal gorda;
4º) Verdete neutro;
5º) Água celeste;
6º) Calda de cal extinta;
Com relação à aderência, a colofonia é incomparavelmente superior. Classifica-se em seguida pela ordem de mérito:
1º, o sabão; 2º, o silicato de potassa; 3º, o melaço; 4º, a goma adragante; 5º, a cola forte.
O amido, a dextrina, os pós d’ovo, o sangue dissecado e o sulfato de alumínio não têm produzido efeito notável. A sua adição tem antes tido por consequência a diminuição da aderência.
A natureza da cal, que entra na preparação da calda bordalesa, tem uma grande influência sobre a faculdade da aderência desta última. A calda gorda, extinta somente no momento de se empregar, deve ser preferida.
IV – A aderência considerável que comunica a colofonia, especialmente às uvas, merece demorada atenção.
M. Joseph Perraud, da estação vinícola de Villefranche (Rhône), acaba de publicar os resultados de experiências muito interessantes sobre a ação de diferentes substâncias tendentes a aumentar a aderência das caldas cúpricas.
Essas experiências foram sobretudo feitas a respeito da aderência sobre a uva, aderência muito fraca com as antigas caldas, por causa da pruine cerosa que envolve os bagos e impede a fixação de corpos estranhos.
As conclusões de M. Perraud são as seguintes:
I – A faculdade d’aderência das caldas cúpricas é muito mais fraca nas uvas do que sobre as parras.
II – Sobre o ponto de vista de aderência da uva, as antigas caldas classificam-se pela ordem seguinte:
1º) Calda de carbonato de soda ligeiramente alcalina;
2º) Calda de cal gorda ligeiramente alcalina;
3º) Calda com doses iguais de sulfato de cal gorda;
4º) Verdete neutro;
5º) Água celeste;
6º) Calda de cal extinta;
Com relação à aderência, a colofonia é incomparavelmente superior. Classifica-se em seguida pela ordem de mérito:
1º, o sabão; 2º, o silicato de potassa; 3º, o melaço; 4º, a goma adragante; 5º, a cola forte.
O amido, a dextrina, os pós d’ovo, o sangue dissecado e o sulfato de alumínio não têm produzido efeito notável. A sua adição tem antes tido por consequência a diminuição da aderência.
A natureza da cal, que entra na preparação da calda bordalesa, tem uma grande influência sobre a faculdade da aderência desta última. A calda gorda, extinta somente no momento de se empregar, deve ser preferida.
IV – A aderência considerável que comunica a colofonia, especialmente às uvas, merece demorada atenção.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 682, p. 2., 22-01-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1267.