ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Dublin Core
Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 698, p. 2.
Data
14-05-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A altisa da vinha
De todo os insetos parasitas da vinha, a altisa é atualmente o mais terrível num grande número de vinhedos do departamento de Gironde. Os seus estragos são tais, que em certas vinhas as perdas regulam por mais de metade da colheita.
A altisa propaga-se lentamente e sobretudo muito irregularmente; pedaços de vinhas, propriedades inteiras podem durante vários anos conservar-se quási indemnes ao lado de outras regulamente devastadas. Mas as invasões são em certas ocasiões bruscas e irresistíveis, porque os meios de destruição empregados até aqui são insuficientes ou não dão bom resultado senão à força de braços.
Os entomologistas conhecem mais de 250 variedades de altisa, das quais muitas causam estragos importantes nos jardins, nos campos e mesmo nos bosques, mas aqui só nos ocuparemos da altisa da vinha.
[…]
Os estragos
Desde o mês de Abril a altisa deixa definitivamente os abrigos de inverno e espalha-se sobre a vinha em busca de alimento; ataca as folhas novas e também os gomos, à medida que vão aparecendo. As primeiras folhas, furadas de pequenos buracos redondos, tomam logo o aspeto de uma verdadeira espumadeira. Mas os estragos assim causados pelo inseto perfeito têm, no entanto, pouca importância comparados com os prejuízos da nova geração.
Logo depois do nascimento das larvas começam a alimentar-se da folha que lhe serve de suporte, devorando em primeiro lugar a parencima da face inferior, cortando as nervuras, e logo a folha, reduzida ao estado de esqueleto, apresenta o aspeto de uma renda.
É a partir do momento em que essa primeira folha está inteiramente devorada, que começam os estragos sérios e que a luta contra este flagelo deixa se ser prática.
[…]
(Continua)
De todo os insetos parasitas da vinha, a altisa é atualmente o mais terrível num grande número de vinhedos do departamento de Gironde. Os seus estragos são tais, que em certas vinhas as perdas regulam por mais de metade da colheita.
A altisa propaga-se lentamente e sobretudo muito irregularmente; pedaços de vinhas, propriedades inteiras podem durante vários anos conservar-se quási indemnes ao lado de outras regulamente devastadas. Mas as invasões são em certas ocasiões bruscas e irresistíveis, porque os meios de destruição empregados até aqui são insuficientes ou não dão bom resultado senão à força de braços.
Os entomologistas conhecem mais de 250 variedades de altisa, das quais muitas causam estragos importantes nos jardins, nos campos e mesmo nos bosques, mas aqui só nos ocuparemos da altisa da vinha.
[…]
Os estragos
Desde o mês de Abril a altisa deixa definitivamente os abrigos de inverno e espalha-se sobre a vinha em busca de alimento; ataca as folhas novas e também os gomos, à medida que vão aparecendo. As primeiras folhas, furadas de pequenos buracos redondos, tomam logo o aspeto de uma verdadeira espumadeira. Mas os estragos assim causados pelo inseto perfeito têm, no entanto, pouca importância comparados com os prejuízos da nova geração.
Logo depois do nascimento das larvas começam a alimentar-se da folha que lhe serve de suporte, devorando em primeiro lugar a parencima da face inferior, cortando as nervuras, e logo a folha, reduzida ao estado de esqueleto, apresenta o aspeto de uma renda.
É a partir do momento em que essa primeira folha está inteiramente devorada, que começam os estragos sérios e que a luta contra este flagelo deixa se ser prática.
[…]
(Continua)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 698, p. 2., 14-05-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1272.