ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Dublin Core
Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 699, p. 2.
Data
21-05-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A altisa da vinha
(Continuação)
Meios de destruição
Os únicos meios de destruição realmente eficazes, de que dispomos, consistem em fazer de diferentes maneiras a caça da altisa.
A criação mesmo nas vinhas de abrigos artificiais com montes de mato, de sarmentos, ervas secas, etc., nos quais a altisa fazem os seus quartéis de inverno permite destruir um grande número, queimando esses abrigos desde o mês de Janeiro.
No mês de Abril, se as altisas forem muito numerosas na vinha, pode começar-se a dar-lhe caça, apanhando-as num prato de zinco cavado, com um buraco, ao qual se adapta um saquinho destinado a recolher os insetos que caem prisioneiros, e que devem ser queimados.
Empregam-se também sacos de larga abertura, peles e simples tábuas cobertas de matérias viscosas, coaltar ou melaço.
Pode conseguir-se que a caça seja mais rendosa e mais económica, obrigando as altisas a alojar-se num pequeno número de carreiras de cepas. Neste caso a espalha do píretro do Cáucaso e outras matérias em pó tem sido aconselhada, mas obtém-se o mesmo resultado, e mais barato, fazendo-se uma sulfatagem precoce com a calda bordalesa. […]
A caça ao inseto perfeito, a menos que não se chegue a fazer emigrar para casa do vizinho, não dá resultado decisivos.
A destruição dos ovos e das larvas sobre a folha mesmo onde elas têm nascido, permite só resguardar a colheita, mas é preciso dispor de grande número de braços, o que é sempre caro.
Os ovos estão colocados por grupos, podem-se destruir no mesmo sítio esmigalhando-os ou colhendo as folhas onde eles estejam depositados.
Mas esta última operação não pode ser feita sem inconveniente no momento em que a vegetação está pouco desenvolvida.
Enfim, a apanha das larvas constitui o meio de defesa, mais seguro, mais completo e o mais decisivo, mas deve ser praticado antes da sua dispersão pelo pé da cepa.
(Continua)
(Continuação)
Meios de destruição
Os únicos meios de destruição realmente eficazes, de que dispomos, consistem em fazer de diferentes maneiras a caça da altisa.
A criação mesmo nas vinhas de abrigos artificiais com montes de mato, de sarmentos, ervas secas, etc., nos quais a altisa fazem os seus quartéis de inverno permite destruir um grande número, queimando esses abrigos desde o mês de Janeiro.
No mês de Abril, se as altisas forem muito numerosas na vinha, pode começar-se a dar-lhe caça, apanhando-as num prato de zinco cavado, com um buraco, ao qual se adapta um saquinho destinado a recolher os insetos que caem prisioneiros, e que devem ser queimados.
Empregam-se também sacos de larga abertura, peles e simples tábuas cobertas de matérias viscosas, coaltar ou melaço.
Pode conseguir-se que a caça seja mais rendosa e mais económica, obrigando as altisas a alojar-se num pequeno número de carreiras de cepas. Neste caso a espalha do píretro do Cáucaso e outras matérias em pó tem sido aconselhada, mas obtém-se o mesmo resultado, e mais barato, fazendo-se uma sulfatagem precoce com a calda bordalesa. […]
A caça ao inseto perfeito, a menos que não se chegue a fazer emigrar para casa do vizinho, não dá resultado decisivos.
A destruição dos ovos e das larvas sobre a folha mesmo onde elas têm nascido, permite só resguardar a colheita, mas é preciso dispor de grande número de braços, o que é sempre caro.
Os ovos estão colocados por grupos, podem-se destruir no mesmo sítio esmigalhando-os ou colhendo as folhas onde eles estejam depositados.
Mas esta última operação não pode ser feita sem inconveniente no momento em que a vegetação está pouco desenvolvida.
Enfim, a apanha das larvas constitui o meio de defesa, mais seguro, mais completo e o mais decisivo, mas deve ser praticado antes da sua dispersão pelo pé da cepa.
(Continua)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 699, p. 2., 21-05-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1274.