A TÍSICA DAS ÁRVORES
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Título
A TÍSICA DAS ÁRVORES
Criador
S/ autor
Fonte
Jornal da Louzan, n.º 308, pág. 1, col. 4, pág. 2, col. 1
Data
18-04-1891
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
Esta moléstia pode provir da velhice ou de uma fertilidade excessiva. Também se origina do crescimento de numerosos filhos, da falta de alimentos, e de uma longa seca. Aparece também quando as raízes apodrecem, ou são roídas pelos ratos.
A casca das árvores, atacadas desta doença, está ordinariamente coberta de musgo; observam-se nas hásteas lugares inflamados; as extremidades dos ramos definham, as folhas secam e caem cedo; a árvore apenas dá pequenos frutos e disformes, que em geral, não amadurecem: o crescer vai cessando a pouco e pouco, até que a árvore seca e morre.
Se a árvore é ainda nova, convém transplantá-la para um bom terreno decotar os ramos, e trata-la cuidadosamente pois que ela pode criar forças, e dar ainda, por espaço de muitos anos, óptimos frutos, que indemnizem do trabalho que com ela se teve. Se as raízes foram roídas pelos ratos, é necessário lavá-las, ainda que estejam reduzidas a muito pouco, envolvê-las em pedaços de qualquer pano de lã, que se devem atar nove ou doze centímetros acima da extremidade. Feito isto, junta-se e calca-se a terra à roda das raízes, e alguns dias depois ata-se a árvore a um espeque. De ordinário as árvores restabelecem-se e vigoram depressa. Se a árvore for velha, o que impede a transplantação, deve-se cavar a terra à roda, e dar-lhe substâncias que a nutram bem. Depois limpa-se do musgo de que estiver atacada, lava-se com água salgada ou com lixívia, cortam-se as partes afectas da inflamação e cobrem-se as feridas com pez. De todos os adubos, que podem ser empregados para excitar o vigor de uma árvore e restabelecer o seu crescimento, os mais enérgicos são os excrementos, velhos dos pombos e os das galinhas. Coloca-se e estrume junto as raízes, de modo porém que não fiquem em imediato contacto, e cobre-se com boa terra extraída de horta. Sendo urna árvore tratada deste modo pode ter-se como certo o seu restabelecimento
A casca das árvores, atacadas desta doença, está ordinariamente coberta de musgo; observam-se nas hásteas lugares inflamados; as extremidades dos ramos definham, as folhas secam e caem cedo; a árvore apenas dá pequenos frutos e disformes, que em geral, não amadurecem: o crescer vai cessando a pouco e pouco, até que a árvore seca e morre.
Se a árvore é ainda nova, convém transplantá-la para um bom terreno decotar os ramos, e trata-la cuidadosamente pois que ela pode criar forças, e dar ainda, por espaço de muitos anos, óptimos frutos, que indemnizem do trabalho que com ela se teve. Se as raízes foram roídas pelos ratos, é necessário lavá-las, ainda que estejam reduzidas a muito pouco, envolvê-las em pedaços de qualquer pano de lã, que se devem atar nove ou doze centímetros acima da extremidade. Feito isto, junta-se e calca-se a terra à roda das raízes, e alguns dias depois ata-se a árvore a um espeque. De ordinário as árvores restabelecem-se e vigoram depressa. Se a árvore for velha, o que impede a transplantação, deve-se cavar a terra à roda, e dar-lhe substâncias que a nutram bem. Depois limpa-se do musgo de que estiver atacada, lava-se com água salgada ou com lixívia, cortam-se as partes afectas da inflamação e cobrem-se as feridas com pez. De todos os adubos, que podem ser empregados para excitar o vigor de uma árvore e restabelecer o seu crescimento, os mais enérgicos são os excrementos, velhos dos pombos e os das galinhas. Coloca-se e estrume junto as raízes, de modo porém que não fiquem em imediato contacto, e cobre-se com boa terra extraída de horta. Sendo urna árvore tratada deste modo pode ter-se como certo o seu restabelecimento
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Citação
S/ autor, “A TÍSICA DAS ÁRVORES”. In Jornal da Louzan, n.º 308, pág. 1, col. 4, pág. 2, col. 1, 18-04-1891. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/136.