Filoxera
Dublin Core
Título
Filoxera
Criador
S/autor
Fonte
O Manuelinho de Évora, Ano V, nº 234, p. 1.
Data
14-07-1885
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
São poucas quantas notícias se publicarem com relação aos meios de destruição do devastador parasita das vinhas; e bom será aconselhar os viticultores experimentais a publicação dos resultados obtidos.
Hoje publicamos uma nova receita, aplicada pelo sr. A. Guillaumont, proprietário de Sauveterre no cantão de Roquemaure, em França.
O inventor funda-se na ideia, em geral racional e justa, de que os parasitas só atacam a planta quando já enfermiça, tendo cada planta os seus parasitas especiais, que para a vide são, hoje principalmente, o filoxera para as raízes, e o oídio para os frutos.
O oídio pode considerar-se como percursor do filoxera, pois quando este atacou as raízes já o seu sangue, isto é, a seiva da planta, estava mau. Em apoio da sua ideia, o autor cita o facto por muitos observado que a seiva da planta lacrimejava o corte da poda das cepas atacadas pelo oídio era turva, o que provava determinada alteração fisiológica na vide; e assim se explica que o seu parasita filoxera a atacará, sem esperança de que desapareça até que a seiva recupere o seu estado normal.
Para conseguir este fim, o citado viticultor usou infinitos específicos; mas o que ele diz ter dado melhor resultado é um adubo inseticida, fabricado pelo modo seguinte:
Sulfato de ferro – 10
Cinzas de madeira – 10
Alcatrão do gás – 2
Misturando primeiro as cinzas com o alcatrão, juntando-lhe depois o sulfato de ferro pulverizado.
Estes ingredientes são baratos, e a operação simples.
Em Fevereiro ou Março escava-se levemente o pé da cepa e aduba-se com dois ou três punhados da mistura indicada. No mesmo mês de Março dá-se em toda a cepa, depois de limpa, uma aguada com o mesmo adubo diluído em água ordinária.
Diz o autor que com este processo reviveu a vegetação definhada das cepas, salvando-as por completo do seu devastador inimigo.
Hoje publicamos uma nova receita, aplicada pelo sr. A. Guillaumont, proprietário de Sauveterre no cantão de Roquemaure, em França.
O inventor funda-se na ideia, em geral racional e justa, de que os parasitas só atacam a planta quando já enfermiça, tendo cada planta os seus parasitas especiais, que para a vide são, hoje principalmente, o filoxera para as raízes, e o oídio para os frutos.
O oídio pode considerar-se como percursor do filoxera, pois quando este atacou as raízes já o seu sangue, isto é, a seiva da planta, estava mau. Em apoio da sua ideia, o autor cita o facto por muitos observado que a seiva da planta lacrimejava o corte da poda das cepas atacadas pelo oídio era turva, o que provava determinada alteração fisiológica na vide; e assim se explica que o seu parasita filoxera a atacará, sem esperança de que desapareça até que a seiva recupere o seu estado normal.
Para conseguir este fim, o citado viticultor usou infinitos específicos; mas o que ele diz ter dado melhor resultado é um adubo inseticida, fabricado pelo modo seguinte:
Sulfato de ferro – 10
Cinzas de madeira – 10
Alcatrão do gás – 2
Misturando primeiro as cinzas com o alcatrão, juntando-lhe depois o sulfato de ferro pulverizado.
Estes ingredientes são baratos, e a operação simples.
Em Fevereiro ou Março escava-se levemente o pé da cepa e aduba-se com dois ou três punhados da mistura indicada. No mesmo mês de Março dá-se em toda a cepa, depois de limpa, uma aguada com o mesmo adubo diluído em água ordinária.
Diz o autor que com este processo reviveu a vegetação definhada das cepas, salvando-as por completo do seu devastador inimigo.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Filoxera”. In O Manuelinho de Évora, Ano V, nº 234, p. 1., 14-07-1885. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1393.