MÍLDIO
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Título
MÍLDIO
Criador
S/autor
Fonte
O Manuelinho de Évora, Ano XIII, nº 635, p. 2.
Data
24-06-1893
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Instruções para combater esta doença da vinha
(Continuado do número 633)
De todas as substâncias ensaiadas contra o míldio, a de resultados mais completos é o sulfato de cobre (caparrosa azul). É com ele que em França se consegue todos os anos evitar os desastrosos efeitos da doença em muitos mil hectares de vinhas, mas deve ter-se bem presente que a ação deste remédio só se torna verdadeiramente eficaz quando empregado como preventivo, quer dizer, antes de aparecerem nas cepas quaisquer sinais de moléstia, repetindo-se depois o tratamento sempre que seja preciso.
Em regra, três aplicações são suficientes para defender a vinha dos ataques de míldio, porém, se a primavera e o princípio do verão decorrerem húmidos, a doença é mais para recear, e por isso convém que haja a maior vigilância, para renovar o tratamento logo que na vinha se descubra o mais leve indício de invasão.
A prática tem mostrado que a primeira aplicação deve realizar-se quando os pâmpanos adquiram uns 25 a 30 centímetros de comprimento (pouco mais de um palmo), a segunda 20 a 25 dias depois e a terceira quando a vegetação das videiras tiver atingido o seu máximo desenvolvimento; se o mal se manifestar no intervalo das três operações, ou ainda depois desse período, é indispensável acudir-lhe de pronto; fazendo uso do remédio às vezes que seja necessário.
O míldio é muito mais nocivo nas regiões em que a humidade abunda; portanto é aí também que deve redobrar-se de esforços na defesa das vinhas.
Ninguém hoje discute a importância do sulfato de cobre, considerado como valioso específico contra esta doença. Tem apenas havido dúvida relativa ao estado em que mais convenha emprega-lo – se em líquido, sob a forma de calda bordalesa que todos conhecem, ou se antes em pó, associado a outras substâncias, principalmente o enxofre e a cal.
[…]
(Continua)
(Continuado do número 633)
De todas as substâncias ensaiadas contra o míldio, a de resultados mais completos é o sulfato de cobre (caparrosa azul). É com ele que em França se consegue todos os anos evitar os desastrosos efeitos da doença em muitos mil hectares de vinhas, mas deve ter-se bem presente que a ação deste remédio só se torna verdadeiramente eficaz quando empregado como preventivo, quer dizer, antes de aparecerem nas cepas quaisquer sinais de moléstia, repetindo-se depois o tratamento sempre que seja preciso.
Em regra, três aplicações são suficientes para defender a vinha dos ataques de míldio, porém, se a primavera e o princípio do verão decorrerem húmidos, a doença é mais para recear, e por isso convém que haja a maior vigilância, para renovar o tratamento logo que na vinha se descubra o mais leve indício de invasão.
A prática tem mostrado que a primeira aplicação deve realizar-se quando os pâmpanos adquiram uns 25 a 30 centímetros de comprimento (pouco mais de um palmo), a segunda 20 a 25 dias depois e a terceira quando a vegetação das videiras tiver atingido o seu máximo desenvolvimento; se o mal se manifestar no intervalo das três operações, ou ainda depois desse período, é indispensável acudir-lhe de pronto; fazendo uso do remédio às vezes que seja necessário.
O míldio é muito mais nocivo nas regiões em que a humidade abunda; portanto é aí também que deve redobrar-se de esforços na defesa das vinhas.
Ninguém hoje discute a importância do sulfato de cobre, considerado como valioso específico contra esta doença. Tem apenas havido dúvida relativa ao estado em que mais convenha emprega-lo – se em líquido, sob a forma de calda bordalesa que todos conhecem, ou se antes em pó, associado a outras substâncias, principalmente o enxofre e a cal.
[…]
(Continua)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “MÍLDIO”. In O Manuelinho de Évora, Ano XIII, nº 635, p. 2., 24-06-1893. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1430.