Uma invasão de pulgas
Dublin Core
Título
Uma invasão de pulgas
Criador
S/autor
Fonte
O Nordeste, 3º Ano, nº 113, p. 2.
Data
31-10-1890
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Se a Argélia tem as suas invasões de grilos e de gafanhotos, Paris sofreu, este ano, uma invasão de pulgas: nem por oferecer inconvenientes menos graves, porém, esta invasão deixou de ser desagradabilíssima. Esta nova praga do Egipto caiu principalmente sobre o décimo oitavo arrondisement e sobre a parte alta do nono.
A invasão foi durante os meses de Agosto e Setembro. A princípio quiseram negar a sua existência: pretendia-se que eram acidentes absolutamente locais; mas em face da generalidade das queixas dos pobres habitantes de Montmartre, não houve outro remédio senão ceder à evidência, e a desaparição quási completa, agora das pulgas, confirma o fenómeno.
Em plena invasão, os sobrados das casas, os móveis, as roupas, cobriam-se de legiões e legiões de insetos que assaltavam os moradores e quási que os devoravam, tal era a sua ferocidade.
A invasão foi durante os meses de Agosto e Setembro. A princípio quiseram negar a sua existência: pretendia-se que eram acidentes absolutamente locais; mas em face da generalidade das queixas dos pobres habitantes de Montmartre, não houve outro remédio senão ceder à evidência, e a desaparição quási completa, agora das pulgas, confirma o fenómeno.
Em plena invasão, os sobrados das casas, os móveis, as roupas, cobriam-se de legiões e legiões de insetos que assaltavam os moradores e quási que os devoravam, tal era a sua ferocidade.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Uma invasão de pulgas”. In O Nordeste, 3º Ano, nº 113, p. 2., 31-10-1890. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1491.