Cura da laranjeira
Dublin Core
Título
Cura da laranjeira
Criador
S/autor
Fonte
O Bejense, Ano VIII, nº 329, p. 3.
Data
13-04-1867
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
O príncipe de Spinosa comunica a um jornal de Florença o processo que emprega com bom resultado, para combater a moléstia das laranjeiras. Extratamos desta comunicação a parte mais essencial e interessante,
A moléstia manifesta-se do modo seguinte: a duas polegadas, pouco mais ou menos, acima da raiz da árvore, descobre-se uma lagrima de goma, que enegrece a miúdo a epiderme; as folhas murcham; o fruto suspende a sua vegetação, caindo frequentemente com as folhas; outras vezes permanece tenazmente na árvore, cujo tronco morre.
Apresentando as laranjeiras estes sintomas deve aplicar-se logo o tratamento, que o príncipe descreve nestes termos:
Com a ferramenta, que se usa para enxertar, descarnai toda a epiderme enegrecida, chegando até ao vivo do tronco e sem deixar coisa alguma do enegrecimento produzido pela forma; cobri a ferida com uma pasta composta de flor de enxofre e água. A planta melhorou e algumas delas tem reproduzido a flor; a enfermidade desapareceu completamente.
A parte extraída da árvore deve queimar-se, ou enterrar-se profundamente, porque comunicaria a moléstia às árvores sãs.
Supõe o príncipe de Spinosa, que seria mais conveniente fazer a pasta, para cobrir a ferida, ou encher a incisão praticada, misturando o enxofre com pez ou alcatrão. Mas declara não ter ainda experimentado a mistura que recomenda. Pelo que respeita ao processo descrito acima, diz ele, que um seu amigo o experimentara e obtivera igualmente bons resultados.
(J. de A. Prática)
A moléstia manifesta-se do modo seguinte: a duas polegadas, pouco mais ou menos, acima da raiz da árvore, descobre-se uma lagrima de goma, que enegrece a miúdo a epiderme; as folhas murcham; o fruto suspende a sua vegetação, caindo frequentemente com as folhas; outras vezes permanece tenazmente na árvore, cujo tronco morre.
Apresentando as laranjeiras estes sintomas deve aplicar-se logo o tratamento, que o príncipe descreve nestes termos:
Com a ferramenta, que se usa para enxertar, descarnai toda a epiderme enegrecida, chegando até ao vivo do tronco e sem deixar coisa alguma do enegrecimento produzido pela forma; cobri a ferida com uma pasta composta de flor de enxofre e água. A planta melhorou e algumas delas tem reproduzido a flor; a enfermidade desapareceu completamente.
A parte extraída da árvore deve queimar-se, ou enterrar-se profundamente, porque comunicaria a moléstia às árvores sãs.
Supõe o príncipe de Spinosa, que seria mais conveniente fazer a pasta, para cobrir a ferida, ou encher a incisão praticada, misturando o enxofre com pez ou alcatrão. Mas declara não ter ainda experimentado a mistura que recomenda. Pelo que respeita ao processo descrito acima, diz ele, que um seu amigo o experimentara e obtivera igualmente bons resultados.
(J. de A. Prática)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Cura da laranjeira”. In O Bejense, Ano VIII, nº 329, p. 3., 13-04-1867. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 29 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1589.