Colheita da Azeitona
Dublin Core
Título
Colheita da Azeitona
Criador
S/ autor
Fonte
Jornal da Louzan, n.º 493, pág. 1, col. 2,3,4
Data
22-12-1894
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
É geralmente notado, e por demais sabido, que a oliveira não carrega de fruto todos os anos.
Atribuem uns esta diferença de produção, em que um ano escasso alterna com um ano de novidade ao sistema de colher a azeitona, varejando a árvore, quebrando-lhe sempre rama: a nova, de um ano, mas que a velha. E era essa rama nova que no ano seguinte frutificaria.
Por muito perniciosa que seja este método de colheita, que o é sem dúvida, estou inclinado a não lhe atribuir exclusivamente as colheitas alternadas, pois lugares há em que a azeitona é ripada à mão, notando-se ainda, embora menor, a diferença de produção de ano para ano. (…) quem fizer a apanha tardia, necessariamente encontra a novidade consideravelmente desfalcada por todos os animais que a comem enquanto está na árvore.
Os insectos que atacm a azeitona, entre os quais ocupam principal lugar o «kermes roxo» (ferrugem), o «kermes psylo» (cotão da flor), a «lagarta», a «mosca da oliveira» (dancus olex), e depois os ratos, os tordos, os melros, os estorninhos, os passarinhos de espécies várias, e as gralhas sobretudo, fazem uma perca (passe o provincianismo), que de modo nenhum deve ser desprezada principalmente pelos grandes lavradores, que outro sim devem atender a que, demorando a azeitona na árvore, os vendavais e saraivadas da quadra invernosa fazem cair muito fruto…(…)
Atribuem uns esta diferença de produção, em que um ano escasso alterna com um ano de novidade ao sistema de colher a azeitona, varejando a árvore, quebrando-lhe sempre rama: a nova, de um ano, mas que a velha. E era essa rama nova que no ano seguinte frutificaria.
Por muito perniciosa que seja este método de colheita, que o é sem dúvida, estou inclinado a não lhe atribuir exclusivamente as colheitas alternadas, pois lugares há em que a azeitona é ripada à mão, notando-se ainda, embora menor, a diferença de produção de ano para ano. (…) quem fizer a apanha tardia, necessariamente encontra a novidade consideravelmente desfalcada por todos os animais que a comem enquanto está na árvore.
Os insectos que atacm a azeitona, entre os quais ocupam principal lugar o «kermes roxo» (ferrugem), o «kermes psylo» (cotão da flor), a «lagarta», a «mosca da oliveira» (dancus olex), e depois os ratos, os tordos, os melros, os estorninhos, os passarinhos de espécies várias, e as gralhas sobretudo, fazem uma perca (passe o provincianismo), que de modo nenhum deve ser desprezada principalmente pelos grandes lavradores, que outro sim devem atender a que, demorando a azeitona na árvore, os vendavais e saraivadas da quadra invernosa fazem cair muito fruto…(…)
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Colecção
Citação
S/ autor, “Colheita da Azeitona”. In Jornal da Louzan, n.º 493, pág. 1, col. 2,3,4, 22-12-1894 . Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/186.