QUESTÃO VINÍCOLA
(continuado do número 42)

QUESTÃO VINÍCOLA
(continuado do número 42)

S/ autor

O Jornal de Cantanhede, n.º 43, pág. 2, col. 1,2,3,4

13-04-1890

Pedro Barros

Pelo caminho que vão levando as coisas, a diminuição em 1890 há-de ser ainda mais considerável. Cairemos nos algarismos de 1881 ou 1882. As entradas dos meses de Janeiro e Fevereiro em curso não atingem um terço da dos meses correspondentes do ano findo. Manter-se-á até ao fim esta proporção? Tal decadência não se explica pela reconstituição das vinhas em França, como querem já alguns pessimistas, porque essa reconstituição é, por enquanto, é parcial e não produziu ainda os seus efeitos. E a prova é que a colheita de 1889 foi mais escassa do que a dos piores anos da filoxera e do míldio.
(…)