BOTRYTIS CINEREA (Podridão da vinha)
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Título
BOTRYTIS CINEREA (Podridão da vinha)
Criador
S/autor
Fonte
Nove de Julho, Nº 1560, Ano XXII, p. 2.
Data
29-08-1906
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Considerada, antigamente, esta doença da vinha como um bem e hoje, pelo contrário, reputada como um dos mais perniciosos flagelos da viticultura.
A primeira asserção era fundamentada em que as vinhas sendo atacadas por este fungo, quando completamente maduras, as tornava sacarinas em alto grau, passando por essa razão os vinhos a serem mais apreciados, em virtude da sua pouca acidez; por este facto, o fundo era denominada podridão nobre (botrytis acionorum).
A segunda afirmação é hoje devida, não só à doença a que este parasita dá lugar nos vinhos pela segregação duma destas e a qual faz com que os produtos mudem de cor ficando os vinhos acastanhados, amarelados e azuis, tomando esta doença os nomes de quebra, desbotamento, enferrujamento ou a chamada casse dos franceses; mas também porque tendo-se averiguado que este parasita além de se manifestar nos bagos já maduros, invade muitas vezes os órgãos que costumam ser atacados pelas diversas formas de míldio, tornando-se bastante difícil saber quando e que se manifesta um ou outro dos flagelos.
São três as formas de botrytis: botryitis cinérea; botrytis acionorum e sclerotinia ou peziza fukeliana. […]
Exposto o modo porque se manifesta a doença, vamos passar a descrever os caracteres que a podem distinguir do míldio, nas formas em que com este se pode confundir.
Essa formas são: quando o ataque tem lugar na uva a meio tamanho e quando está em flor. No primeiro caso, confunde-se com o Brown rot, no segundo, assemelha-se ao Grey-rot.
São os caracteres distintivos os seguintes:
1º - no míldio os ramúsculos frutíferos ou filamentos conidióforos da epiderme; na podridão, parecem isolados ou em tufos, sobre uma camada feltrosa de micélio.
2º - no míldio, os filamentos são mais grossos e os conídios ovóides alongados: na podridão são mais finos e os conídios tendem para a forma esférica.
3º - a podridão só ataca a vinha nos anos e lugares húmidos e assombrados, não invade uma vinha em toda a extensão e com a rapidez do míldio.
A primeira asserção era fundamentada em que as vinhas sendo atacadas por este fungo, quando completamente maduras, as tornava sacarinas em alto grau, passando por essa razão os vinhos a serem mais apreciados, em virtude da sua pouca acidez; por este facto, o fundo era denominada podridão nobre (botrytis acionorum).
A segunda afirmação é hoje devida, não só à doença a que este parasita dá lugar nos vinhos pela segregação duma destas e a qual faz com que os produtos mudem de cor ficando os vinhos acastanhados, amarelados e azuis, tomando esta doença os nomes de quebra, desbotamento, enferrujamento ou a chamada casse dos franceses; mas também porque tendo-se averiguado que este parasita além de se manifestar nos bagos já maduros, invade muitas vezes os órgãos que costumam ser atacados pelas diversas formas de míldio, tornando-se bastante difícil saber quando e que se manifesta um ou outro dos flagelos.
São três as formas de botrytis: botryitis cinérea; botrytis acionorum e sclerotinia ou peziza fukeliana. […]
Exposto o modo porque se manifesta a doença, vamos passar a descrever os caracteres que a podem distinguir do míldio, nas formas em que com este se pode confundir.
Essa formas são: quando o ataque tem lugar na uva a meio tamanho e quando está em flor. No primeiro caso, confunde-se com o Brown rot, no segundo, assemelha-se ao Grey-rot.
São os caracteres distintivos os seguintes:
1º - no míldio os ramúsculos frutíferos ou filamentos conidióforos da epiderme; na podridão, parecem isolados ou em tufos, sobre uma camada feltrosa de micélio.
2º - no míldio, os filamentos são mais grossos e os conídios ovóides alongados: na podridão são mais finos e os conídios tendem para a forma esférica.
3º - a podridão só ataca a vinha nos anos e lugares húmidos e assombrados, não invade uma vinha em toda a extensão e com a rapidez do míldio.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “BOTRYTIS CINEREA (Podridão da vinha)
”. In Nove de Julho, Nº 1560, Ano XXII, p. 2., 29-08-1906. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/329.
”. In Nove de Julho, Nº 1560, Ano XXII, p. 2., 29-08-1906. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/329.