REMÉDIO CONTRA O OIDIUM
Dublin Core
Título
REMÉDIO CONTRA O OIDIUM
Criador
S/autor
Fonte
O Jornal do Norte, nº 226, p. 3.
Data
12-11-1860
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Os jornais de Bordéus dão notícias de um novo remédio contra o oidium, do qual seu inventor assegura ter tido resultados eficazes. Este remédio, que foi descoberto por Mr. Goldberg, coronel de um regimento francês de linha, consiste na vacinação das videiras. Eis aqui uma carta que Mr. Goldberg dirigiu ultimamente ao prefeito de Gironda, que a comunico aos jornais daquela cidade, e que levamos ao conhecimento da lavoura vinícola para poder ensaiar o novo processo na ocasião oportuna:
«Snr. Perfeito – Há três meses tive a honra de ser visitado por diversos membros da sociedade de agricultura do departamento de Gironda, que se dignaram perguntar-me qual o processo que eu empregava para vacinar as cepas das videiras.
Neste momento, a seiva da vinha começa a deixar de correr; escolhi esta ocasião para verificar praticando as minhas incisões nas quais tinha colocado um ou dois bagos de uva afetada pelo oidium, qual tinha sido o resultado.
Vacinei dez cepas de videiras no período de um mês, as quatro que foram vacinadas no princípio da moléstia deram resultados notáveis e são esses resultados que desejo mostrar aos ilustres membros que se dignaram a procurar-me.
Eis aqui os resultados: nas quatro cepas vacinadas, primeiro sararam completamente as uvas que tinham, e formou-se no interior das incisões uma matéria viscosa que prende a vacina à videira, as outras vacinadas posteriormente não tiveram tão bons resultados; a matéria viscosa produziu-se só em pequena quantidade, que fez supor que as videiras devem ser vacinadas cedo e logo que aparece a moléstia. Duma videira que não foi vacinada não se salvou nem um só bago dos seus cachos; outra vacinada não produziu nas suas incisões matéria viscosa, e as suas uvas apodreceram em parte […].
«Snr. Perfeito – Há três meses tive a honra de ser visitado por diversos membros da sociedade de agricultura do departamento de Gironda, que se dignaram perguntar-me qual o processo que eu empregava para vacinar as cepas das videiras.
Neste momento, a seiva da vinha começa a deixar de correr; escolhi esta ocasião para verificar praticando as minhas incisões nas quais tinha colocado um ou dois bagos de uva afetada pelo oidium, qual tinha sido o resultado.
Vacinei dez cepas de videiras no período de um mês, as quatro que foram vacinadas no princípio da moléstia deram resultados notáveis e são esses resultados que desejo mostrar aos ilustres membros que se dignaram a procurar-me.
Eis aqui os resultados: nas quatro cepas vacinadas, primeiro sararam completamente as uvas que tinham, e formou-se no interior das incisões uma matéria viscosa que prende a vacina à videira, as outras vacinadas posteriormente não tiveram tão bons resultados; a matéria viscosa produziu-se só em pequena quantidade, que fez supor que as videiras devem ser vacinadas cedo e logo que aparece a moléstia. Duma videira que não foi vacinada não se salvou nem um só bago dos seus cachos; outra vacinada não produziu nas suas incisões matéria viscosa, e as suas uvas apodreceram em parte […].
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “REMÉDIO CONTRA O OIDIUM”. In O Jornal do Norte, nº 226, p. 3., 12-11-1860. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/337.