Pragas nos Periódicos

NOVO MAL DAS VINHAS

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Título

NOVO MAL DAS VINHAS

Criador

S/autor

Fonte

O Jornal do Norte, 1º Ano, Nº 173, p. 2.

Data

15-10-1867

Colaborador

Leonardo Aboim Pires

Text Item Type Metadata

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O jornal «A Vinha», diz a «Estrela da Beira», vem anunciar-nos o aparecimento de um novo flagelo das cepas que acaba de ser constatado nos arredores de Narbona por uma comissão especialmente nomeada para esse fim, pelo comício agrícola da localidade.
Esperando que estudos mais completos venham esclarecer e determinar a causa desta nova moléstia, e indicar as medidas preventivas que convirá adotar, diz o jornal citado, vamos fazer conhecer os sinais externos com que o mal se apresenta e ao mesmo tempo os deploráveis efeitos que não tardarão a seguir-se daqui:
É aí por Maio, um pouco antes da floração das vinhas, que o novo flagelo se manifesta repentinamente e sem a menor influência externa aparente; as folhas da vinha comprimem-se por efeito de algumas manchas que sobrevem pelo reverso da folha e que lhe alteram o tecido; logo daí toda a folha é invadida pelo mal, vindo a secar e finalmente a cair.
As folhas mais baixas são as primeiramente atacadas, e a Moléstia, seguindo o seu curso pela repa acima, vai em breve tempo acometer o cacho que seca e morre enguiçado. A vegetação seca rapidamente e num lapso de tempo curtíssimo de 5 ou 6 dias, o tronco, invadido em plena vegetação definha e sucumbe para mais não tornar a reviver.
Como se vê o mal é dos mais graves e excede muito em atividade e efeitos ao mal do oidium, porque se até a colheita se perdia antes de beneficiadas as vinhas, agora é a existência da própria cepa a mais comprometida por esta terrível epidemia.

Ficheiros

Colecção

Citação

S/autor, “NOVO MAL DAS VINHAS”. In O Jornal do Norte, 1º Ano, Nº 173, p. 2., 15-10-1867. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 18 de Julho de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/352.

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