SECÇÃO AGRÍCOLA. Situação vitícola e vinícola
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Título
SECÇÃO AGRÍCOLA. Situação vitícola e vinícola
Criador
S/autor
Fonte
Jornal de Penafiel, 7º Ano, nº 63, p. 1.
Data
06-06-1893
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Manifestou-se o ano vitícola tão bom de pressagiosa vegetação, e tão notável pela quantidade elevada d’uvas, que se esperava um ano de abundante novidade.
Infelizmente a irregularidade do tempo, as alterações de calor e frio, as chuvas e os ventos, e por último as fortes trovoadas de ventos violentos e fortes granizos têm destruído grande parte da uva nascida, aniquilando os novos pâmpanos e crescentes rebentos, e prejudicando a florescência de boa parte da novidade, que se havia mostrado com abundância.
As vinhas atrasaram-se. Já não mostram a sua tão notada precocidade, o que é mau indício de qualidade; as doenças criptogâmicas desenvolvem-se extraordinariamente, e tanto que, de muitas partes do país nos participam grandes estragos de míldio e antracnose.
Da antracnose há muitos prejuízos, onde se não fizeram ou se fizeram mal os tratamentos; contra o míldio têm sido precisas 3 aplicações com o caldo bordalês e com os pós a manter as vinhas em regular vegetação. Dão-se por isso, notícia de muitos estragos, pelo péssimo tempo que tem corrido. O caldo bordalês adere melhor com a parra seca, e os pós com a para húmida.
Manda-se empregar contra o oídio, o enxofre estando o tempo quente (18 a 20 graus) e contra o míldio e a antracnose a cal em pó, por tempo húmido, orvalhos e pequenos chuviscos.
Apesar de pouco favoráveis as circunstâncias criadoras da uva, as plantações de vinha mostram-se bem lançadas e desenvolvidas, sendo maravilhosa a nascença de uva nas enxertias feitas. O Jaoquez mostra-se muito bom.
Na Estremadura é muito notável a quantidade de terreno povoado com cepas resistentes, notando-se as regiões de Torres Vedras e Alenquer, onde se tem propagado os contratos a terço que demonstram perfeitamente a confiança do pequeno cultivador nas novas vinhas […]
Infelizmente a irregularidade do tempo, as alterações de calor e frio, as chuvas e os ventos, e por último as fortes trovoadas de ventos violentos e fortes granizos têm destruído grande parte da uva nascida, aniquilando os novos pâmpanos e crescentes rebentos, e prejudicando a florescência de boa parte da novidade, que se havia mostrado com abundância.
As vinhas atrasaram-se. Já não mostram a sua tão notada precocidade, o que é mau indício de qualidade; as doenças criptogâmicas desenvolvem-se extraordinariamente, e tanto que, de muitas partes do país nos participam grandes estragos de míldio e antracnose.
Da antracnose há muitos prejuízos, onde se não fizeram ou se fizeram mal os tratamentos; contra o míldio têm sido precisas 3 aplicações com o caldo bordalês e com os pós a manter as vinhas em regular vegetação. Dão-se por isso, notícia de muitos estragos, pelo péssimo tempo que tem corrido. O caldo bordalês adere melhor com a parra seca, e os pós com a para húmida.
Manda-se empregar contra o oídio, o enxofre estando o tempo quente (18 a 20 graus) e contra o míldio e a antracnose a cal em pó, por tempo húmido, orvalhos e pequenos chuviscos.
Apesar de pouco favoráveis as circunstâncias criadoras da uva, as plantações de vinha mostram-se bem lançadas e desenvolvidas, sendo maravilhosa a nascença de uva nas enxertias feitas. O Jaoquez mostra-se muito bom.
Na Estremadura é muito notável a quantidade de terreno povoado com cepas resistentes, notando-se as regiões de Torres Vedras e Alenquer, onde se tem propagado os contratos a terço que demonstram perfeitamente a confiança do pequeno cultivador nas novas vinhas […]
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Citação
S/autor, “SECÇÃO AGRÍCOLA. Situação vitícola e vinícola ”. In Jornal de Penafiel, 7º Ano, nº 63, p. 1., 06-06-1893. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/429.