O Phylloxera no Algarve’
Dublin Core
Título
O Phylloxera no Algarve’
Criador
s/ autor
Fonte
O Distrito de Faro, n°1411, p.1
Data
07-05-1903
Colaborador
Ana Isabel Queiroz
Text Item Type Metadata
Text
O inspetor das epifítias, sr. Almeida e Brito, entregou já na direção geral de agricultura o relatório da visita por ele feita às freguesias de Moncarrapacho e Santo Estevão, na última das quais reconheceu datar de seis anos a nódoa filoxérica que vinha devastando a propriedade do sr. Manuel dos Santos Prado.
Além dos alvitres sugeridos pelo esclarecido funcionário, na exposição com que nos distinguem e que inserimos no precedente número da nossa folha, julga ele também conveniente mandar pesquisadores ao Algarve, afim de limitarem a região filoxerada, para fora da qual deve ser proibida a saída de vegetais com raiz.
A vinda dos pesquisadores é de necessidade urgentíssima, e as pesquisas devem estender-se a mais localidades, visto como há presunções de que outras freguesias, não só de sotavento, mas também de barlavento do Algarve, estão invadidas pela terrível epifítia.
Informa a imprensa de Lisboa que a direção geral de agricultura vai mandar colher amostras das terras desta província, afim de as analisar e reconhecer-se as castas de videiras americanas adaptáveis, conforme as terras forem mais calcárias, argilosas ou arenosas.
Boas intenções estas da referida direção, mas, francamente, afiguram-se-nos muito hipotéticos os seus resultados práticos, atenta a complexidade da matéria e a morosidade dos processos de análise usados no nosso país.
Além dos alvitres sugeridos pelo esclarecido funcionário, na exposição com que nos distinguem e que inserimos no precedente número da nossa folha, julga ele também conveniente mandar pesquisadores ao Algarve, afim de limitarem a região filoxerada, para fora da qual deve ser proibida a saída de vegetais com raiz.
A vinda dos pesquisadores é de necessidade urgentíssima, e as pesquisas devem estender-se a mais localidades, visto como há presunções de que outras freguesias, não só de sotavento, mas também de barlavento do Algarve, estão invadidas pela terrível epifítia.
Informa a imprensa de Lisboa que a direção geral de agricultura vai mandar colher amostras das terras desta província, afim de as analisar e reconhecer-se as castas de videiras americanas adaptáveis, conforme as terras forem mais calcárias, argilosas ou arenosas.
Boas intenções estas da referida direção, mas, francamente, afiguram-se-nos muito hipotéticos os seus resultados práticos, atenta a complexidade da matéria e a morosidade dos processos de análise usados no nosso país.
Ficheiros
Colecção
Citação
s/ autor, “O Phylloxera no Algarve’”. In O Distrito de Faro, n°1411, p.1, 07-05-1903. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/49.