O parasita dos tomates
Dublin Core
Título
O parasita dos tomates
Criador
S/autor
Fonte
Jornal de Penafiel, 15º Ano, nº 63, p. 3.
Data
07-06-1901
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
No relatório que acaba de ser publicado sobre as doenças criptogâmicas, estudadas no laboratório de Gembloux, um especialista de mérito, o sr. Emile Marchal ocupa-se largamente do «Phytophtora infestans», que está causando tantos e tão intensos estragos nos tomates das principais culturas europeias.
Diz o sr. Marchal ter verificado que os frutos do tomateiro, quando atingem o tamanho de uma noz, cobrem-se, na maior parte, de manchas escuras e apodrecem de ponto. Colocando estes tomates infecionados sob um copo ou campânula de vidro, vê-se cobri-los, em poucas horas, a leve eflorescência branca produzida pelas frutificações do «Phytophtora».
O que é curioso é que este cogumelo parasita, ataca e aniquila os frutos e deixa quási por completo indemnes as folhas do tomateiro.
O apodrecimento devido ao «Phytophtora» pode ser combatido por meio da calda bordalesa 2 ou 3 por cento de sulfato, mas preventivamente, e pouco depois do nascimento dos frutos. Mais tarde, quando o fruto está desenvolvido, as aplicações da calda não são convenientes, visto deixarem um depósito de sulfato difícil de fazer desaparecer.
Então utiliza-se para as pulverizações a água celeste, que se prepara fazendo dissolver em 100 litros de água 1 kilo de sulfato de cobre e 1 litro de amoníaco; como a água celeste é muito solúvel basta lavar os frutos para deles fazer desaparecer todos os vestígios do sulfato de cobre.
Diz o sr. Marchal ter verificado que os frutos do tomateiro, quando atingem o tamanho de uma noz, cobrem-se, na maior parte, de manchas escuras e apodrecem de ponto. Colocando estes tomates infecionados sob um copo ou campânula de vidro, vê-se cobri-los, em poucas horas, a leve eflorescência branca produzida pelas frutificações do «Phytophtora».
O que é curioso é que este cogumelo parasita, ataca e aniquila os frutos e deixa quási por completo indemnes as folhas do tomateiro.
O apodrecimento devido ao «Phytophtora» pode ser combatido por meio da calda bordalesa 2 ou 3 por cento de sulfato, mas preventivamente, e pouco depois do nascimento dos frutos. Mais tarde, quando o fruto está desenvolvido, as aplicações da calda não são convenientes, visto deixarem um depósito de sulfato difícil de fazer desaparecer.
Então utiliza-se para as pulverizações a água celeste, que se prepara fazendo dissolver em 100 litros de água 1 kilo de sulfato de cobre e 1 litro de amoníaco; como a água celeste é muito solúvel basta lavar os frutos para deles fazer desaparecer todos os vestígios do sulfato de cobre.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “O parasita dos tomates”. In Jornal de Penafiel, 15º Ano, nº 63, p. 3., 07-06-1901. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/589.