O morrão dos cereais
Dublin Core
Título
O morrão dos cereais
Criador
S/autor
Fonte
Jornal de Penafiel, 20º Ano, nº 71, p. 1.
Data
03-07-1906
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
O morrão é o resultado de uma alteração dos invólucros florais; dá-se lhe o nome de morrão por apresentarem cheios de pó negro os órgãos atacados, pó formado pelos esporos de várias espécies de cogumelos do género «Ustilago».
O trigo, a cevada, a aveia e o milho são cereais em que principalmente se manifesta o morrão. […] Duas espécies de morrão atacam os cereais: o «Ustilago segetum» que se desenvolve no trigo, cevada e aveia, e o «Ustilago maidis» que aparece no milho. A espiga do trigo invadido pelo morrão toma logo uma cor pardacenta e mais tarde faz-se negra; as praganas, os pedicelos e os invólucros do grão desaparecem debaixo de um pó inodoro que tinge de preto os dedos, e cai quando se sacode a espiga. […]
No milho, o morrão desenvolve uma hipertrofia muito notável, os invólucros florais adquirem uma espessura e um tamanho desmedidos, e geralmente numa zona circular da espiga fêmea aumentam e também o ovário, adquirindo por vezes um volume superior ao de uma noz. […]
Para se obstar a que o morrão se propague, cumpre principalmente evitar que a palha dos cereais atacados por ele seja destinada às camas do gado, convindo além disso que uma colheita de cereais suceda a de outras plantas, para dar tempo a tempo a eu se percam a sua faculdade germinativa os esporos do parasita, levados pelo terreno pelos ventos e pelas chuvas, antes que, pela rotação de culturas, tenha de cultivar-se qualquer cereal em terreno anteriormente invadido pelo morrão.
(Da Gazeta dos Lavradores).
O trigo, a cevada, a aveia e o milho são cereais em que principalmente se manifesta o morrão. […] Duas espécies de morrão atacam os cereais: o «Ustilago segetum» que se desenvolve no trigo, cevada e aveia, e o «Ustilago maidis» que aparece no milho. A espiga do trigo invadido pelo morrão toma logo uma cor pardacenta e mais tarde faz-se negra; as praganas, os pedicelos e os invólucros do grão desaparecem debaixo de um pó inodoro que tinge de preto os dedos, e cai quando se sacode a espiga. […]
No milho, o morrão desenvolve uma hipertrofia muito notável, os invólucros florais adquirem uma espessura e um tamanho desmedidos, e geralmente numa zona circular da espiga fêmea aumentam e também o ovário, adquirindo por vezes um volume superior ao de uma noz. […]
Para se obstar a que o morrão se propague, cumpre principalmente evitar que a palha dos cereais atacados por ele seja destinada às camas do gado, convindo além disso que uma colheita de cereais suceda a de outras plantas, para dar tempo a tempo a eu se percam a sua faculdade germinativa os esporos do parasita, levados pelo terreno pelos ventos e pelas chuvas, antes que, pela rotação de culturas, tenha de cultivar-se qualquer cereal em terreno anteriormente invadido pelo morrão.
(Da Gazeta dos Lavradores).
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “O morrão dos cereais”. In Jornal de Penafiel, 20º Ano, nº 71, p. 1., 03-07-1906. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/629.