Aviso aos viticultores
Dublin Core
Título
Aviso aos viticultores
Criador
S/autor
Fonte
O Apóstolo da Verdade, 1º Ano, nº 51, p. 2.
Data
07-07-1871
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Além dos prejuízos que sofre a videira pelas geladas, experimentado outros não menos importantes; da rei deles uma breve notícia, descrevendo os insetos que mais prejudicam esta planta, e início do extermínio.
Pyralis vitena (Pirata da videira)
É uma borboleta da secção das noturnas que se divide em quatro famílias:
1ª Bombicilhas;
2ª Notuelitas;
3ª Phalenas;
4º Pyralitas.
A pirata da videira pertence à 4ª família, que são borboletas extremamente pequenas, que têm 14 ou 16 patas: umas enroscam as folhas, como a pirata, e outras se forma em tubos, como as polilhas.
É a pirata uma borboleta de 8 a 9 linhas de comprido, cujas asas anteriores são de uma amarelo de palha com reflexos dourados, e uma nódoa escura na base da asa e junto à borda; tem além disto 3 litas igualmente escuras; a primeira que é oblíqua à asa, está no meio; a segunda, que é menos obliqua. Esta entre a cota e a borda e a terceira, e termina. As segundas asas são de um gris pardacento, com listas amareladas.
Em muitas fêmeas desce a cor até confundir-se nas litas. Estas borboletas são as mais prejudiciais, tem cor verde mais ou menos amarelado e às vezes de um verde escuro, está toda salpicada de nódoas punctiformes, lisas e esbranquiçadas cada uma com um pelo. A cabeça é negra e o primeiro anel é pardo ou negro.
A mesma secção, família e tribo a que a Pirata pertence a Cochulis Roseana, que alguns chamam de Tinea e Ambiguela e que o mesmo que a anterior ataca a videira, tem só de cinco a seis linhas de comprido e as antenas dum amarelo lustroso, com uma lista transversal na parte meia das asas de cor pardo violáceo e alguns pontinhos ferruginosos nas extremidades daquelas, com uma carreira de pontos pardos nas listas. As segundas asas são de um gris pardacento. Em alguns anos quási iguala a Pirata nos estragos.
Se perseguem e exterminam, já acendendo fogueiras de noite, onde veem queimar-se as borboletas, já acendendo luzes, lamparinas, segundo praticam em França; já escaldando as cepas com água a ferver, com cuja operação, está provado que não sofrem estas nenhum prejuízo; também é bom deitar cinzas e fuligem no solo ao cavar as vinhas ou já, enfim, casando os insetos nos seus dois estados, com mangas, esfregando as cepas com trapos, etc., etc.
(Continua)
Pyralis vitena (Pirata da videira)
É uma borboleta da secção das noturnas que se divide em quatro famílias:
1ª Bombicilhas;
2ª Notuelitas;
3ª Phalenas;
4º Pyralitas.
A pirata da videira pertence à 4ª família, que são borboletas extremamente pequenas, que têm 14 ou 16 patas: umas enroscam as folhas, como a pirata, e outras se forma em tubos, como as polilhas.
É a pirata uma borboleta de 8 a 9 linhas de comprido, cujas asas anteriores são de uma amarelo de palha com reflexos dourados, e uma nódoa escura na base da asa e junto à borda; tem além disto 3 litas igualmente escuras; a primeira que é oblíqua à asa, está no meio; a segunda, que é menos obliqua. Esta entre a cota e a borda e a terceira, e termina. As segundas asas são de um gris pardacento, com listas amareladas.
Em muitas fêmeas desce a cor até confundir-se nas litas. Estas borboletas são as mais prejudiciais, tem cor verde mais ou menos amarelado e às vezes de um verde escuro, está toda salpicada de nódoas punctiformes, lisas e esbranquiçadas cada uma com um pelo. A cabeça é negra e o primeiro anel é pardo ou negro.
A mesma secção, família e tribo a que a Pirata pertence a Cochulis Roseana, que alguns chamam de Tinea e Ambiguela e que o mesmo que a anterior ataca a videira, tem só de cinco a seis linhas de comprido e as antenas dum amarelo lustroso, com uma lista transversal na parte meia das asas de cor pardo violáceo e alguns pontinhos ferruginosos nas extremidades daquelas, com uma carreira de pontos pardos nas listas. As segundas asas são de um gris pardacento. Em alguns anos quási iguala a Pirata nos estragos.
Se perseguem e exterminam, já acendendo fogueiras de noite, onde veem queimar-se as borboletas, já acendendo luzes, lamparinas, segundo praticam em França; já escaldando as cepas com água a ferver, com cuja operação, está provado que não sofrem estas nenhum prejuízo; também é bom deitar cinzas e fuligem no solo ao cavar as vinhas ou já, enfim, casando os insetos nos seus dois estados, com mangas, esfregando as cepas com trapos, etc., etc.
(Continua)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Aviso aos viticultores”. In O Apóstolo da Verdade, 1º Ano, nº 51, p. 2., 07-07-1871. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/650.