Quando vires as barbas do teu vizinho, bota as tuas de molho
Dublin Core
Título
Quando vires as barbas do teu vizinho, bota as tuas de molho
Criador
S/autor
Fonte
O Angrense, nº 382, p. 1.
Data
01-02-1844
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Um nosso amigo residente em Ponta Delgada, em data de 15 de Janeiro p.p., escreve-nos o seguinte, que muito recomendamos à atenção de todos os nossos concidadãos; e mui principalmente, à dos proprietários dos pomares.
"Tomem à toda a cautela para que se não propague o tal bichinho, devorista das laranjeiras, que por cá, infelizmente vai em progresso. Imensas laranjeiras se tem já queimado para evitar a propagação deste flagelo; porém o mal parece estar inveterado; e o meio adotado já o não evitar. Vocês aí não devem admitir planta alguma que vá desta Ilha, ou mesmo doutra qualquer deste arquipélago. Haja toda a cautela em quanto é tempo, porque introduzido o destruidor inseto, nada obsta à sua maligna influência. [...] Algumas pessoas já apelam para o cultivo da mamona; outras para o da beterraba; e outras para o do multicaules. Finalmente, se este terrível flagelo não cessa, muito infeliz se deve reputar esta Ilha; pois que a sua maior riqueza, e grau de prosperidade em que hoje se acha, é devido sem a menor dúvida ao comércio da laranja. [...]
"Tomem à toda a cautela para que se não propague o tal bichinho, devorista das laranjeiras, que por cá, infelizmente vai em progresso. Imensas laranjeiras se tem já queimado para evitar a propagação deste flagelo; porém o mal parece estar inveterado; e o meio adotado já o não evitar. Vocês aí não devem admitir planta alguma que vá desta Ilha, ou mesmo doutra qualquer deste arquipélago. Haja toda a cautela em quanto é tempo, porque introduzido o destruidor inseto, nada obsta à sua maligna influência. [...] Algumas pessoas já apelam para o cultivo da mamona; outras para o da beterraba; e outras para o do multicaules. Finalmente, se este terrível flagelo não cessa, muito infeliz se deve reputar esta Ilha; pois que a sua maior riqueza, e grau de prosperidade em que hoje se acha, é devido sem a menor dúvida ao comércio da laranja. [...]
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Quando vires as barbas do teu vizinho, bota as tuas de molho”. In O Angrense, nº 382, p. 1., 01-02-1844. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/76.