O pardal
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Título
O pardal
Criador
Luiz Leitão
Fonte
Jornal de Penafiel, 28º Ano, nº 96, p. 1.
Data
22-10-1914
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Continua a má vontade contra os pardais a manifestar-se aqui e ali e às vezes por forma bem agressiva.
Não obstante, já em Setembro de 1899 isto é há quinze anos se lia em L’ami des bêtes, de Paris:
«Sem negar os prejuízos cometidos num ou noutro ensejo pelo pardal, comilão por natureza, deve-se contudo considera-lo como uma das aves mais úteis, por ser, como é, um dos mais infatigáveis insectívoros.
Calcula-se que uma só ninhada de pardais consome por semana mais de três mil larvas e outros animálculos, incluindo besouros e gafanhotos.
Impossível é pois destrui-los sem comprometer mais ou menos as colheitas».
Confere com a opinião algures exposta pelo sr. Rodrigues Chicó, o qual deseja não só se releve ao pardal algum dano que faça nos terrenos adjacentes às casas de habitação, como também se lhe protejam os ninhos e as criações, visto ser na alimentação dos filhos que ele emprega maior número de insetos e larvas de toda a ordem.
[…] Em todo o caso é um expediente artificial ou postiço, e como se destina a remediar os males que nós mesmo provocamos, parece que fácil seria e profícuo ter mãos nos furores destrutivos dos homem e conceder aos pássaros a graça de preencher a sua missão.
Não obstante, já em Setembro de 1899 isto é há quinze anos se lia em L’ami des bêtes, de Paris:
«Sem negar os prejuízos cometidos num ou noutro ensejo pelo pardal, comilão por natureza, deve-se contudo considera-lo como uma das aves mais úteis, por ser, como é, um dos mais infatigáveis insectívoros.
Calcula-se que uma só ninhada de pardais consome por semana mais de três mil larvas e outros animálculos, incluindo besouros e gafanhotos.
Impossível é pois destrui-los sem comprometer mais ou menos as colheitas».
Confere com a opinião algures exposta pelo sr. Rodrigues Chicó, o qual deseja não só se releve ao pardal algum dano que faça nos terrenos adjacentes às casas de habitação, como também se lhe protejam os ninhos e as criações, visto ser na alimentação dos filhos que ele emprega maior número de insetos e larvas de toda a ordem.
[…] Em todo o caso é um expediente artificial ou postiço, e como se destina a remediar os males que nós mesmo provocamos, parece que fácil seria e profícuo ter mãos nos furores destrutivos dos homem e conceder aos pássaros a graça de preencher a sua missão.
Ficheiros
Colecção
Citação
Luiz Leitão, “O pardal”. In Jornal de Penafiel, 28º Ano, nº 96, p. 1., 22-10-1914. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/775.