Gafanhotos
Dublin Core
Título
Gafanhotos
Criador
S/autor
Fonte
O Elvense, 22º Ano, nº 2132, p. 2.
Data
18-07-1901
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Se não são mais terroristas as noticias que temos hoje de dar aos nossos leitores sobre a praga de gafanhotos que assolam o nosso concelho, também não podemos dizer que os vorazes insetos nos deixassem já livres as culturas agrícolas e hortícolas desta região.
Continua a praga a carregar nuns pontos e a aliviar noutros, não obstante os muitos desejos e boas diligências dos delegados do poder central e da câmara municipal.
Têm amiudadamente vindo ao nosso concelho, a fim de ordenar as melhoras medidas de ocasião a adotar, os srs. José Anastácio Monteiro, chefe de repartição pecuária no ministério das obras públicas, António Filipe da Silva, agrónomo deste distrito, e A. de Mattos Dias da Cruz Boavida, regente agrícola, que para a extinção do terrível inseto têm posto em prática todos os processos conhecidos, infelizmente sem o almejado êxito.
Sabemos que a época atual não é mais própria para a extinção da daninha praga, por isso que os insetos que nos têm assolado são vindo de onde no ano anterior ficaram os gérmenes da sua espécie, e por isso, presentemente, pouco se pode fazer além do seu apanho; mas para evitar maiores danos nos anos futuros, contam os peritos e as autoridades com o valioso auxilio dos lavradores, para que estes indaguem e deem conhecimento dos lugares onde se efetuou o principal desagravamento dos gafanhotos, para ali lhes ser feita rija extinção das criações, ao mesmo tempo que se está estudando o processo de criar e propagar a doença nos gafanhotos para a sua destruição, por meio de um liquido de cultura infetante ou de um fungo-parasita denominada Empusa acridiii, que parece destinado a produzir os melhores resultados.
Para se conseguir, pois, este desiderato, bom é que todos trabalhem com afinco e sem egoísmo dentro da orbita das suas competências.
Continua a praga a carregar nuns pontos e a aliviar noutros, não obstante os muitos desejos e boas diligências dos delegados do poder central e da câmara municipal.
Têm amiudadamente vindo ao nosso concelho, a fim de ordenar as melhoras medidas de ocasião a adotar, os srs. José Anastácio Monteiro, chefe de repartição pecuária no ministério das obras públicas, António Filipe da Silva, agrónomo deste distrito, e A. de Mattos Dias da Cruz Boavida, regente agrícola, que para a extinção do terrível inseto têm posto em prática todos os processos conhecidos, infelizmente sem o almejado êxito.
Sabemos que a época atual não é mais própria para a extinção da daninha praga, por isso que os insetos que nos têm assolado são vindo de onde no ano anterior ficaram os gérmenes da sua espécie, e por isso, presentemente, pouco se pode fazer além do seu apanho; mas para evitar maiores danos nos anos futuros, contam os peritos e as autoridades com o valioso auxilio dos lavradores, para que estes indaguem e deem conhecimento dos lugares onde se efetuou o principal desagravamento dos gafanhotos, para ali lhes ser feita rija extinção das criações, ao mesmo tempo que se está estudando o processo de criar e propagar a doença nos gafanhotos para a sua destruição, por meio de um liquido de cultura infetante ou de um fungo-parasita denominada Empusa acridiii, que parece destinado a produzir os melhores resultados.
Para se conseguir, pois, este desiderato, bom é que todos trabalhem com afinco e sem egoísmo dentro da orbita das suas competências.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Gafanhotos”. In O Elvense, 22º Ano, nº 2132, p. 2., 18-07-1901. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/797.