Através das vinhas sulfuradas
Dublin Core
Título
Através das vinhas sulfuradas
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, Ano 5º, nº 218, p. 3.
Data
02-03-1890
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Com este título publicou o sr. Degrully, professor da escola de agricultura de Montpllier, uma série de artigos no Progrés agricole et viticole, nos quais contava o que se observara e colhera em uma inspeção oficiosa feita a numerosas vinhas filoxeradas e tratadas com sulfureto de carbónio. A opinião do ilustre professor, depois da sua visita acha-se resumida nas seguintes conclusões […]
1º Do que vimos resulta que em determinadas situações tem-se conseguido e consegue-se conservas vinhas francesas em produção satisfatória pelo emprego do sulfureto de carbónio – o que aliás não é novidade.
2º a natureza do solo é o fator mais importante do problema […].
3º Resulta disto que o proprietário de terrenos compactos deve preocupar-se principalmente com a retirada em boa ordem diante da filoxera, defendendo de preferência as suas melhores vinhas; que, pelo contrário, o proprietário de terras leves ou de compactidão mediana há-de preparar-se para uma luta de longa duração.
4º É preciso tratar das vinhas logo no princípio da doença.
5º No ponto de vista financeiro, com certeza é muito desagradável juntar mais 21$000 ou 36$000 réis de sulfuretação às despesas consideráveis que pesam já sobre os proprietários; mas julgamos mais desvantajoso ainda deixar desaparecer toda a espécie de produto, sacrificando vinhas que podem ser defendidas.
6º Ainda que alguns proprietários tenham sido felizes com a replantação de videiras francesas, julgamos que há motivo para maduramente refletir antes de tomar tal decisão; não se estabelecendo a questão financeira nas mesmas condições em que se apresenta quando se trata apenas de conservar as vinhas.
7º As sulfuretações devem executar-se todos os anos; a nosso ver, seria perigoso aplicar o tratamento apenas de dois em dois anos.
8º A vista do dono, que «enporda o gado», segundo um velho ditado, é absolutamente indispensável para o bom resultado dos tratamentos.
(Da Revista Popular de C.U.)
1º Do que vimos resulta que em determinadas situações tem-se conseguido e consegue-se conservas vinhas francesas em produção satisfatória pelo emprego do sulfureto de carbónio – o que aliás não é novidade.
2º a natureza do solo é o fator mais importante do problema […].
3º Resulta disto que o proprietário de terrenos compactos deve preocupar-se principalmente com a retirada em boa ordem diante da filoxera, defendendo de preferência as suas melhores vinhas; que, pelo contrário, o proprietário de terras leves ou de compactidão mediana há-de preparar-se para uma luta de longa duração.
4º É preciso tratar das vinhas logo no princípio da doença.
5º No ponto de vista financeiro, com certeza é muito desagradável juntar mais 21$000 ou 36$000 réis de sulfuretação às despesas consideráveis que pesam já sobre os proprietários; mas julgamos mais desvantajoso ainda deixar desaparecer toda a espécie de produto, sacrificando vinhas que podem ser defendidas.
6º Ainda que alguns proprietários tenham sido felizes com a replantação de videiras francesas, julgamos que há motivo para maduramente refletir antes de tomar tal decisão; não se estabelecendo a questão financeira nas mesmas condições em que se apresenta quando se trata apenas de conservar as vinhas.
7º As sulfuretações devem executar-se todos os anos; a nosso ver, seria perigoso aplicar o tratamento apenas de dois em dois anos.
8º A vista do dono, que «enporda o gado», segundo um velho ditado, é absolutamente indispensável para o bom resultado dos tratamentos.
(Da Revista Popular de C.U.)
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Através das vinhas sulfuradas”. In Damião de Goes, Ano 5º, nº 218, p. 3., 02-03-1890. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 19 de Abril de 2025, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/894.