PELA AGRICULTURA
Dublin Core
Título
PELA AGRICULTURA
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, Ano 7º, nº 333, p. 2.
Data
15-05-1892
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Verificou-se recentemente que um inseto pouco conhecido o chlorops lineata produz importantes estragos nas searas de trigo.
Esse inseto, cujas larvas são causa de prejuízo consideráveis, mede 3 milímetros de comprimento, é de cor amarelenta e tem sobre o corsolete cinco traços longitudinais de cor negra. Deu-se lhe o nome de chlorops porque os seus olhos, muito grandes, são de um verde brilhante.
As larvas do designado inseto determinam durante a Primavera um enchimento notável no trigo novo, acima da coroa e destroem não só as folhas do centro como também da própria flor. […] Vê-se pois que esse inseto é um verdadeiro flagelo para a agricultura, tornando-se urgente evitar por todas as formas, que ele leve a efeito a sua ação devastadora.
Nos anos em que ele aparece em grande quantidade, destrói-se por um meio simples que consiste em arrancar e queimar as plantas atacadas tanto pela primeira postura como ela segunda.
A primeira operação pode fazer-se por ocasião da monda ou da sacha. Reconhecem-se com facilidade as hastes amarelas e cheias.
A segunda operação deve ser feita quinze dias ou três semanas antes da ceifa, sendo muito fácil a sua execução porque as hastes atacadas pelo inseto distinguem-se bem, pela cor verde-escuro da ponta e porque a espiga se conserva envolvida por largas folhas. É sinal característico.
Um dos meios porém, que com mais certeza dá maior vantagem para conseguir a destruição dos insetos nocivos, é a variação e alternação das culturas.
Logo que as larvas no momento asado não encontrem o alimento que é indispensável à sua organização, morrem infalivelmente por não poderem resistir.
Esse inseto, cujas larvas são causa de prejuízo consideráveis, mede 3 milímetros de comprimento, é de cor amarelenta e tem sobre o corsolete cinco traços longitudinais de cor negra. Deu-se lhe o nome de chlorops porque os seus olhos, muito grandes, são de um verde brilhante.
As larvas do designado inseto determinam durante a Primavera um enchimento notável no trigo novo, acima da coroa e destroem não só as folhas do centro como também da própria flor. […] Vê-se pois que esse inseto é um verdadeiro flagelo para a agricultura, tornando-se urgente evitar por todas as formas, que ele leve a efeito a sua ação devastadora.
Nos anos em que ele aparece em grande quantidade, destrói-se por um meio simples que consiste em arrancar e queimar as plantas atacadas tanto pela primeira postura como ela segunda.
A primeira operação pode fazer-se por ocasião da monda ou da sacha. Reconhecem-se com facilidade as hastes amarelas e cheias.
A segunda operação deve ser feita quinze dias ou três semanas antes da ceifa, sendo muito fácil a sua execução porque as hastes atacadas pelo inseto distinguem-se bem, pela cor verde-escuro da ponta e porque a espiga se conserva envolvida por largas folhas. É sinal característico.
Um dos meios porém, que com mais certeza dá maior vantagem para conseguir a destruição dos insetos nocivos, é a variação e alternação das culturas.
Logo que as larvas no momento asado não encontrem o alimento que é indispensável à sua organização, morrem infalivelmente por não poderem resistir.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “PELA AGRICULTURA”. In Damião de Goes, Ano 7º, nº 333, p. 2., 15-05-1892. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/923.