A enxofração das videiras
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Título
A enxofração das videiras
Criador
Adolpho Frederico Moller (Do Lavrador)
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 831, pág. 3, col. 4
Data
20-05-1905
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
A aplicação do enxofre para combater o oídio não tem a acção que deve ter, se não se tornarem precauções para que se torne eficaz. Muitos viticultores têm o mau costume de enxofrar de manhã, quando as videiras estão orvalhadas, com pretexto de que o enxofre adere melhor às folhas e aos cachos, quando isso é um erro, O enxofre não tem necessidade de líquido para aderir sobre os órgãos da videira; ele agarra-se sem ser preciso o auxílio do orvalho. O enxofre espalhado sobre uma superfície molhada reúne-se em grumos e não actua como deveria sobre os órgãos da videira que se querem preservar do oídio. Para que o enxofre actue eficazmente, é preciso que as folhas e cachos estejam secos. Pode-se enxofrar a qualquer hora do dia, contanto que as folhas não estejam molhadas, sendo, porém, mais prudente não o fazer pelas horas de maior calor, nos dias quentes: isto é, entre as 11 horas da manhã e as 3 da tarde, pois que assim pode haver queimas. O enxofre exerce uma influência importante na boa fecundação das videiras. Enxofrar, portanto, na ocasião da florescência, é uma operação que se não deve deixar de fazer. Coimbra.
Adolpho Frederico Moller (Do Lavrador).
Adolpho Frederico Moller (Do Lavrador).
Ficheiros
Colecção
Citação
Adolpho Frederico Moller (Do Lavrador), “A enxofração das videiras”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 831, pág. 3, col. 4 , 20-05-1905 . Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/983.