Doação Luís Krus
A Biblioteca de Luís Krus (cujos livros estão identificados com a cota BLK) é composta por cerca de 3500 livros sobre a História Medieval Portuguesa e Europeia, Antropologia e Sociologia.
Luís Filipe Llach Krus nasceu a 7 de Setembro de 1954 e morreu a 5 de Junho de 2005, em Lisboa.
Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e ali começou a trabalhar como monitor. Transitou depois, como docente, para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde permaneceu, vindo a doutorar-se, em 1990, e tendo posteriormente ocupado a Cátedra de História Medieval. Foi também vice-presidente do Conselho Científico desta Faculdade e fundador do Instituto de Estudos Medievais, que dirigiu desde 2002 até ao fim da vida.
Na sua actividade académica, além do profundo trabalho de investigação, caracterizado por uma abordagem original e inovadora dos temas e perspectivas da historiografia medieval, destaca-se o seu papel como mestre de uma nova geração de historiadores, que acompanhou de perto como docente e orientador de um grande número de teses.
As suas publicações na área da especialidade são igualmente muito numerosas e diversificadas, compreendendo estudo e edição de fontes, artigos, monografias individuais. O seu primeiro trabalho editado foi um artigo em co-autoria, datado de 1978: «Dois aspectos da sátira nos cancioneiros galaico-portugueses: “Sodomíticos e Cornudos”» e, a partir de 1981, publicou regularmente, todos os anos, tendo ainda várias obras editadas postumamente, nomeadamente a recolha de inéditos intitulada A construção do passado medieval. Textos Inéditos e Publicados.
Destacam-se ainda alguns títulos de entre os seus trabalhos académicos, A Concepção Nobiliárquica do Espaço Ibérico, que foi a tese de doutoramento de 1990, editada em 1994 e o trabalho complementar da tese, D. Dinis e a herança dos Sousas. O inquérito régio de 1287, publicado em 1993 com o título “O rei herdeiro dos condes: D. Dinis e a herança dos Sousas”. É também considerável o número de obras que publicou com José Mattoso, de quem foi o discípulo mais próximo.