Artistas e doenças
Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918) foi vitimado pela pneumónica. Principal figura da pintura modernista, consolidou a sua carreira em Paris. Ali interagiu com os mestres e viu obras das principais vanguardas artísticas, proporcionando-lhe projeção internacional.
Cota: CFT003.90036; imagem: 4 de 4
Tal como Amadeo, Guilherme de Santa-Rita (Santa-Rita Pintor, 1889-1918) morreu de pneumónica. Foi um dos impulsionadores do futurismo português e do movimento “Orpheu”. Após a sua morte, e a seu pedido, a família queimou a maioria da sua obra.
Cota: CFT003.123659; imagem: 4 de 6
Luís Vaz de Camões (c. 1524-1579-80) foi um dos expoentes da literatura portuguesa, sendo autor de obras como Os Lusíadas (1572) e Rimas (1595). Faleceu de peste, supostamente no dia 10 de junho, hoje comemorado como dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Cota: PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/FMC/000139
Júlio Dinis (1839-1871), autor de obras como As Pupilas do Senhor Reitor (1866) e Uma Família Inglesa (1867), morreu com tuberculose aos 31 anos. O escritor, seguindo o exemplo de outros da sua época, procurou a cura nos “ares” bucólicos de Ovar e da Madeira.
Cota: PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/AGR/000007
O poeta Cesário Verde (1855-1886) também faleceu aos 31 anos com tuberculose. A sua estética poética impressionista abriu caminho ao modernismo literário português. Em 1933, a Câmara Municipal de Lisboa batizou uma rua com o seu nome, e em 1955 foi inaugurado um busto em sua memória.
Cota: PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SER/000886
António Fragoso (1897-1918), compositor de Petite suite, Pensées extatiques, Prelúdios, Nocturnos, e Canções do Sol poente, pereceu de pneumónica. Ficou na história da música em Portugal pela sua obra com caraterísticas modernistas.
Também David de Sousa (1880-1918) foi vítima da pneumónica. Faleceu na Figueira da Foz, com apenas 38 anos. Foi professor de violoncelo e de orquestra no Conservatório Nacional. Foi também maestro na Orquestra Sinfónica de Lisboa, compondo mais de uma centena de obras, como Rapsódia Eslava e o poema sinfónico Inês.
Cota: PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/LIM/003268
António Variações (1944-1984), autor de músicas como Estou Além e A Canção do Engate, morreu de complicações provocadas pela SIDA. Durante o funeral, o caixão permaneceu selado pelo receio e desconhecimento dos meios de propagação da doença.
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