GLOSSÁRIO DA CIÊNCIA ABERTA
Acesso Aberto a Publicações Científicas é o acesso através da Internet, sem restrições, a publicações resultantes dos projetos de I&D financiados total ou parcialmente pela FCT, sujeitas a processos de revisão ou validação científica, incluindo processos formais de arbitragem por pares (peer review). Qualquer utilizador deve poder livremente, sem custos, aceder em qualquer momento e sem quaisquer restrições de conteúdo a estas publicações científicas em formato eletrónico. A publicação em acesso aberto deve ainda permitir a pesquisa e reutilização do conteúdo das publicações, tanto manualmente, como com recurso a instrumentos automáticos. A reutilização deve ser objeto de correta atribuição de autoria e origem.
Fonte: Política sobre Acesso Aberto a Publicações Científicas resultantes de Projetos de I&D Financiados pela FCT (adotada em 5 de maio de 2014). Disponível em https://www.fct.pt/wp-content/uploads/2023/01/PoliticaAcessoAberto_Publicacoes.pdf. Consultado em 31/08/2024
O conteúdo integral de um documento está indisponível por um período limitado de tempo, normalmente definido pelo respetivo autor, findo o qual será disponibilizado em acesso aberto e sem restrições.
O conteúdo integral de um documento não está disponível e o acesso direto e imediato não é permitido.
Significa que o acesso direto e imediato só é permitido a um grupo restrito de utilizadores, sendo que o acesso direto e imediato ao conteúdo integral do documento não é permitido ao público em geral. O acesso aberto ao documento pode ser definido, por exemplo, para um grupo de utilizadores no domínio da instituição (controlo de acesso validado por endereço IP).
Os acordos transformativos fazem parte de uma estratégia definida pela cOAlition S, no sentido de encorajar as editoras com modelo convencional de publicação (revistas de subscrição) a transitarem para o modelo de publicação em acesso aberto.
Trata-se de contratos que são negociados entre as instituições (bibliotecas, consórcios regionais ou nacionais) e as editoras que transformam o primeiro modelo de publicação no segundo, sendo as editoras remuneradas a preço justo pelos serviços prestados.
Fonte: ISCTE | + informação
A Universidade NOVA de Lisboa beneficia dos acordos transformativos negociados entre a FCT/FCCN (Fundação para a Ciência e a Tecnologia/Unidade de Computação Científica), através da b-on (Biblioteca do Conhecimento online), e as editoras presentes no consórcio. | + informação
Trata-se de um acordo suplementar adicionado a um contrato de publicação que define ou altera os termos do contrato original e centrado, na maioria das vezes, na transferência de propriedade dos direitos de autor. Para os autores de trabalhos académicos pode ser necessária uma adenda de autor ao contrato de publicação padrão de um editor para ajudar a garantir que os autores protegem os seus direitos mais importantes, como o direito de depositar os seus artigos online num site pessoal ou num repositório digital, o direito de utilizar os seus trabalhos em ambiente de sala de aula ou o direito de usar os seus trabalhos como base para investigação futura.
Instituições públicas ou privadas responsáveis pelo financiamento de instituições de investigação e ciência e de investigadores ou grupos de investigadores responsáveis por projetos de investigação.
A ciência cidadã é o envolvimento do público não-académico no processo de investigação científica – seja esta investigação conduzida pela comunidade local ou internacional. Os cidadãos desenvolvem trabalho científico, frequentemente em conjunto com especialistas ou instituições científicas. Dão apoio à recolha, análise ou descrição de dados de investigação, prestando assim um valioso serviço à ciência.
Fonte: Manual de Formação em Ciência Aberta. Disponível em https://foster.gitbook.io/manual-de-formacao-em-ciencia-aberta/. Consultado em 08/07/2021.
Taxas cobradas ao autor, criador ou instituição de modo a contemplar os custos de um artigo, em vez de sobrecarregar o potencial leitor potencial do artigo. A taxa pode ser aplicada a todo o tipo de publicações, de acesso aberto ou comercial. A maioria das revistas científicas disponibiliza a opção de publicação em acesso aberto através do pagamento de taxas ou custos de publicação. São revistas acessíveis através de subscrição (revistas com acesso restrito) mas com a opção de disponibilização dos artigos em acesso aberto mediante o pagamento destes custos. Estes custos podem ser elegíveis para reembolso dependendo das políticas do financiador de ciência.
Dados abertos são aqueles a que qualquer pessoa pode aceder, usar e partilhar. De acordo com o Open Data Institute (ODI), os dados abertos devem ser licenciados para deixar claro que qualquer um pode usar os dados da maneira que quiser, incluindo transformá-los, combiná-los e compartilhá-los com outros, mesmo para fins comerciais.
Fonte: Príncipe, Pedro, Rodrigues, Eloy, Vieira, André, Correia, Antónia, Carvalho, José, Moura, Paula, MOOC O Essencial da Gestão de Dados de Investigação (2020) disponível online na Plataforma NAU.
Dados de investigação são todos e quaisquer dados que sejam produto direto ou indireto do processo de investigação científica, e por isso necessários para a validação de resultados científicos.
Fonte: Príncipe, Pedro, Rodrigues, Eloy, Vieira, André, Correia, Antónia, Carvalho, José, Moura, Paula, MOOC O Essencial da Gestão de Dados de Investigação (2020) disponível online na Plataforma NAU.
Dados FAIR são dados que obedecem ao padrão F (Findable | Localizáveis), A (Accessible | Acessíveis), I (Interoperable | Interoperáveis) R (Reusable | Reutilizáveis)
Princípios FAIR para os dados de investigação:
Localizáveis
L1. (meta)dados associados a identificadores globais, únicos e persistentes.
L2. dados descritos com metadados pormenorizados.
L3. (meta)dados registados ou indexados em recursos de pesquisa.
L4. metadados especificando o identificador dos dados.
Acessíveis
A1. (meta)dados são recuperáveis através do seu identificador usando um protocolo de comunicações normalizado.
A2. protocolo aberto, gratuito e de implementação universal.
A3. protocolo permite procedimentos de autenticação e autorização, quando necessário.
A4. metadados acessíveis, mesmo quando os dados já não estão disponíveis.
Interoperáveis
I1. (meta)dados utilizam uma linguagem formal, acessível, partilhada e largamente aplicável para representação do conhecimento.
I2. (meta)dados utilizam vocabulários que seguem os princípios FAIR.
I3. (meta)dados contêm referências qualificadas a outros (meta)dados.
Reutilizáveis
R1. meta(dados) têm uma grande diversidade de atributos precisos e relevantes.
R1.1. (meta)dados são disponibilizados com uma licença de uso de dados clara e acessível.
R1.2. (meta)dados têm associada a sua proveniência.
R1.3. (meta)dados seguem as normas relevantes na comunidade disciplinar.
Momento em que o autor é notificado pela revista, conferência ou meio de publicação similar, que o seu trabalho foi sujeito a revisão científica pela revista, comité científico da conferência ou similar, frequentemente através de processos de arbitragem por pares; que todas as alterações requeridas decorrentes desse processo de revisão foram já efetuadas; que o trabalho se encontra pronto a percorrer as restantes etapas necessárias para efeitos de publicação, como a edição e revisão de texto (meramente ortográfica) e a composição tipográfica (formatação e estilo); que a partir deste ponto não haverá qualquer alteração ao conteúdo do trabalho, apenas alterações decorrentes da revisão de texto, da composição tipográfica e outras levadas a cabo pela editora, as quais não interferem com o conteúdo do trabalho.
Data em que o trabalho é publicamente divulgado pelo meio de publicação escolhido pelo autor, por exemplo, a data de publicação de uma revista impressa ou, no caso de se tratar de um meio de publicação online, a data em que o trabalho é disponibilizado online por esse meio, como é o caso de revistas online, páginas web de conferências ou outros eventos científicos.
Os direitos de autor pertencem ao criador intelectual da obra, salvo disposição expressa em contrário e são reconhecidos independentemente do registo, depósito ou qualquer outra formalidade. São consideradas obras as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, quaisquer que sejam o género, a forma de expressão, o mérito, o modo de comunicação e o objetivo, por qualquer modo exteriorizadas, que, como tais, são protegidas nos termos da lei, incluindo-se nessa proteção os direitos dos respetivos autores. O autor tem os direitos de caráter patrimonial e os de natureza pessoal, denominados direitos morais. No exercício dos direitos de caráter patrimonial, o autor tem o poder exclusivo de dispor da sua obra e de usufruí-la e utilizá-la, ou autorizar o seu usufruto ou utilização por terceiro (com as exceções referidas em utilização livre), total ou parcialmente. Independentemente dos direitos patrimoniais, e mesmo depois da transmissão ou extinção destes, o autor goza de direitos morais sobre a obra, designadamente o direito de reivindicar a respetiva autoria e assegurar a sua genuinidade e integridade.
O DOI é um identificador digital de objetos, persistente e interoperável, que permite uma ligação persistente à informação sobre esse objeto e sobre como pode ser acedido na Internet. O DOI permite a interoperabilidade com outros dados de outras fontes e aumenta o potencial de descoberta dos objetos na Web. Atualmente, é um requisito exigido pelas agências de financiamento da investigação – nomeadamente a FCT – para reporte científico e validação e reporte de despesas.
A Universidade NOVA de Lisboa disponibiliza um serviço gratuito de atribuição de DOI. O formulário para submissão de pedido de atribuição de DOI está disponível aqui.
Um identificador persistente (também intitulado PID) é uma denominação (referência) única e estável de um recurso digital (por exemplo, dados de investigação) por meio da atribuição de um código que pode ser referenciado de forma persistente e explícita na Internet.
Fonte: Manual de Formação em Ciência Aberta. Disponível em https://foster.gitbook.io/manual-de-formacao-em-ciencia-aberta/. Consultado em 31/07/2024
Conjunto de licenças padronizadas que permite aos detentores de direitos de autor conceder, por defeito, alguns direitos aos utilizadores. As licenças CC são amplamente utilizadas, simples de usar, legíveis por máquina e foram criadas por peritos legais. Existem várias licenças CC, cada uma das quais usa uma ou mais cláusulas. Algumas licenças são em maior grau compatíveis com o Acesso Aberto (CC0 ou as detentoras das cláusulas BY, SA e ND), outras não o são (detentoras da cláusula NC).
CC-BY – O autor permite que terceiros utilizem a sua obra livremente, podendo-se fazer dela uso comercial ou criar obras derivadas;
CC BY-SA – O autor permite redistribuição, reprodução, uso comercial e criação de obras derivadas, obrigando a licenciar a obra derivada com uma licença igual à da obra original;
CC BY-NC – O autor permite a reprodução, redistribuição, criação de obras derivadas, mas não permite o uso comercial;
CC BY-NC-ND – O autor não permite o uso comercial nem obras derivadas. Permite apenas a redistribuição e reprodução;
CC BY-ND – O autor permite redistribuição, a reprodução, o uso comercial, mas não permite criação de obras derivadas.
Fonte: Manual de Formação em Ciência Aberta. Disponível em https://foster.gitbook.io/manual-de-formacao-em-ciencia-aberta/. Consultado em 31/07/2024.
O período de tempo que decorre entre a data de publicação formal e a data em que a publicação pode ser livremente acedida por qualquer pessoa.
A versão do trabalho, apresentada para edição, antes de introduzidas as alterações decorrentes dos processos de validação científica, incluindo as que decorrem de processos de arbitragem por pares.
A versão do trabalho, apresentada para edição, antes de introduzidas as alterações decorrentes dos processos de validação científica, incluindo as que decorrem de processos de arbitragem por pares.
Sistema de informação para armazenar, preservar e difundir a produção intelectual de dada instituição, geralmente uma comunidade universitária. Pode ser criado e mantido de forma individualizada, ou por grupos de instituições que trabalhem numa base cooperativa.
Processo de avaliação e certificação da qualidade da investigação e dos seus resultados. As publicações das principais editoras científicas são objeto deste processo de avaliação e revisão, efetuada por revisores, especialistas de uma determinada área científica, antes de serem publicadas. Trata-se de um processo de escrutínio e de comentário que, por definição, tem como objetivo aconselhar o autor a melhorar a sua publicação.
Revista que publica exclusivamente artigos disponibilizados livremente e sem custos para o utilizador.
Revista que oferece aos autores a opção de disponibilizar de forma universal e gratuita os seus artigos, mediante o pagamento de APC. Outros artigos na mesma revista permanecem acessíveis apenas através de subscrição. Tipicamente, este modelo é aplicado por revistas que já publicavam artigos no modelo tradicional (venda ou subscrição), mas que se adaptaram para disponibilizar ambos os modelos de acesso.
A versão que é publicada, sendo idêntica à versão final do autor, no que diz respeito ao conteúdo, mas tendo sofrido as alterações decorrentes da revisão de texto e da composição tipográfica (formatação do estilo de acordo com o meio de publicação em que surge). É a versão que se designa no âmbito da Política como versão do editor.
Versão final de um manuscrito, após revisão pelos pares e processada pela editora.