NOVA FCSH recebe financiamento para estudar a AI no jornalismo
7 de Março de 2025, 19:06

A proposta de Paulo Nuno Vicente, docente do Departamento de Ciências da Comunicação, foi selecionada para financiamento pelo Fundo Europeu para os Media e Informação, permitindo o avanço do primeiro grande estudo nacional sobre a aplicação da Inteligência Artificial (IA) no jornalismo em Portugal. O objetivo é compreender de forma aprofundada o impacto da IA nos processos jornalísticos, os desafios éticos e regulamentares que levanta e as oportunidades que pode trazer para o futuro das redações. O projeto vai também produzir recomendações estratégicas que ajudem o setor dos media a integrar estas tecnologias de forma responsável e sustentável.
Como Investigador Principal do projeto, Paulo Nuno Vicente terá a responsabilidade de coordenar uma equipa científica alargada, com investigadores de oito universidades. A Universidade Nova de Lisboa, responsável pela coordenação científica e operacional, irá trabalhar em estreita parceria com a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Europeia, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade do Minho, a Universidade de Coimbra, a Universidade da Beira Interior e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil).
O estudo será desenvolvido com a colaboração ativa de alguns dos principais grupos de media nacionais, incluindo a Agência Lusa, Impresa, Media Capital, Observador, Público, RTP, Renascença Multimédia e TSF, além de diversos meios locais e regionais. Conta ainda com o apoio da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e outras entidades nacionais. Para garantir que o trabalho se alinha com as melhores práticas globais, o projeto conta com um Conselho Consultivo Internacional, composto por seis especialistas de referência de diversas instituições internacionais.
Com um orçamento de 70.000 euros e um prazo de execução de nove meses, o estudo promete contribuir significativamente para um debate informado e construtivo sobre o futuro do jornalismo e dos media em Portugal. No final de fevereiro, uma equipa composta também pelo docente de Ciências da Comunicação recebeu 2,7 milhões de euros do programa Europa Criativa, da União Europeia, para apoiar projetos de jornalismo de investigação baseados em ciência.