02
Set
Antropologia Funerária e Arqueotanatologia
Núcleo funerário romano, Lisboa (Atalaia Plural - Arqueologia, Património e Território.)
Data: 2 a 6 Set 2024
Horário: 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00
Duração: 25h | 2 ECTS
Morada: NOVA FCSH | Sala 607 - Torre B
Área: História, Património e Cultura
Docente responsável: Francisca Alves Cardoso
Docente: Francisca Alves Cardoso
Docente: Silvia Casimiro
Acreditação pelo CCPFC: Não
Ensino presencial
Este curso vai ser lecionado na modalidade de ensino presencial

 

Objetivos

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A arqueotanatologia procura reconstruir contextos mortuários, de rituais e de práticas funerárias, articulando princípios teóricos com uma abordagem multimetodológica interdisciplinar abrangendo áreas como a tafonomia, a estratigrafia, e a anatomia óssea (entre outros aspetos). Desenvolvida como método de escavação, e interpretação em contexto, pode ser aplicada ao estudo de escavações antigas através de documentação vária. Espera-se que os alunos reconheçam as ferramentas, e adquiram os conhecimentos básicos para a caracterização de vários tipos de cenários funerários e mortuários, para descrever a natureza dos depósitos e do espaço de decomposição, e para identificar eventuais manipulações e/ou perturbações pós deposicionais.

 

Programa

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O programa incide sobre os seguintes parâmetros, distribuídos pelos vários dias de lecionação e com recurso à apresentação de estudos de caso:

  • A variabilidade funerária no tempo e no espaço e a multiplicidade de soluções
  • Abordagem ao espaço funerários: biologia e cultura
  • Espaços funerários e contextos mortuários
  • Rituais e práticas funerárias
  • Arqueotanatologia: enquadramento teórico
  • Métodos de escavação e de registo
  • Aplicações da arqueotanatologia

A relevância do curso na área científica da bioantropologia, arqueologia e história, prende-se com a possibilidade de oferecer formação base no estudo dos contextos funerários arqueológicos. Este é uma disciplina que não é lecionado na FCSH, ou em outras faculdades portuguesas, apesar do manifesto interesse na área. Neste sentido, preenchendo essa lacuna, pretende-se promover o desenvolvimento desta área multidisciplinar, oferecendo a mesma oportunidade ao publico em geral.

 

avaliação

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O curso será expositivo, com recurso a estudos de caso e com uma componente prática através de meios digitais, por forma a explorar alguns dos métodos apresentados em aula.

A avaliação compreende os seguintes critérios:

1. Participação nas aulas e aplicação de conceitos (30%)

2. Relatório técnico com base na análise de um contexto funerário (70%).

 

Bibliografia

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  • BUIKSTRA, J. E., & BECK, L. A. (eds.). 2017. Bioarchaeology: the contextual analysis of human remains. Routledge.
  • DUDAY, H.; GUILLON, M. 2006. Understanding the circumstances of decomposition when the body is skeletonized. In Schmitt, A., Cunha, E., Pinheiro, J. (eds), Forensic anthropology and medicine: complementary sciences from recovery to cause of death. Totowa, NJ: Humana Press, pp. 117‑157.
  • DUDAY, H. 2009. Archaeology of the dead: lectures in archaeothanatology. Translated by A.M. Cipriani and J. Pearce. Oxford: Oxbow Books.
  • KNÜSEL, C.; SCHOTSMANS, E. M. (eds.). 2021. The Routledge Handbook of Archaeothanatology. Routledge.
  • KNÜSEL, C. 2014. Crouching in Fear: Terms of Engagement for Funerary Remains. Journal of Social Archaeology, 14(1), pp. 26–58.

 

PROPINA

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Ver tabela em informações úteis.

 

docentes

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Francisca Alves Cardoso obteve o seu doutoramento pela Durham University em 2008. É Investigadora Auxiliar, e coordenadora do Laboratório de Antropologia Biológica e Osteologia Humana do CRIA – Centro de Investigação em Antropologia em Portugal. É ainda docente convidada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Portugal. A sua investigação aborda o estudo de remanescentes humanos e como estes são usados para explorar desigualdades socioeconómicas, culturais e de saúde. Nos últimos anos, tem também explorado questões éticas relacionadas ao estudo/uso de remanescentes humanos em contextos científicos e seu impacto na sociedade. Mas recentemente tem incentivado o uso de novas abordagens tecnológicas ao estudo da biologia humana, passada e presente, e no interface do ser humano e meio ambiente. Presentemente é PI de dois projetos financiados: 1) Vida Após a Morte: Repensar Restos Humanos e Coleções Osteológicas Humanas como Património Cultural e Biobancos (2020.01014.CEECIND / financiado pela FCT/Portugal); 2) e 2) BeFRAIL – O Porto em Tempos de Cólera e de Guerra: Uma Abordagem Bioarqueológica à Fragilidade Humana (2022.02398.PTDC)

CV.https://www.cienciavitae.pt/portal/C611-5A86-F95E

Sílvia Casimiro é doutoranda em História na especialidade de Arqueologia na NOVA FCSH. Investigadora no Instituto de Estudos Medievais (IEM) e no Laboratório de Antropologia Biológica e Osteologia Humana (LABOH-CRIA), com investigação centrada em temas na interface da Arqueologia e Bioantropologia, nomeadamente na Arqueotanatologia. Com vasta experiência de campo e de laboratório, tem participado em projetos de investigação nacionais e internacionais (com financiamento competitivo), em contexto rural e urbano. Tem amplo currículo com publicações e lecionação nas áreas da Bioantropologia e Arqueotanatologia, sendo ainda corresponsável de diversos projetos que incluem a escavação, registo, exumação e estudo de remanescentes humanos.

CV: https://www.cienciavitae.pt/portal/D716-D2C7-49E0 Sílvia Casimiro, Instituto de Estudos Medievais (IEM, NOVA FCSH)/ Laboratório de Antropologia Biológica e Osteologia Humana (LABOH CRIA)/ Atalaia Plural – Arqueologia, Património e Território (Portugal)

  • Centro Luís Krus – Formação ao Longo da Vida
  • Cursos da Escola de Verão (EV)