Introdução ao Egípcio Hieroglífico
Objetivos
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Este curso pretende introduzir os/as alunos/as à antiga língua Egípcia, nomeadamente à sua fase clássica (ca. 2135-1300 a. C.).
Ao longo do curso, os/as alunos/as aprenderão a:
- Ler o “alfabeto” egípcio e vários outros hieróglifos;
- Ler e traduzir palavras e (excertos de) vários textos egípcios;
- Identificar e analisar conceitos gramaticais básicos;
- Utilizar dicionários de Egípcio Clássico;
- Compreender a ligação entre língua e arte.
No final do curso, os/as alunos/as estarão equipados com um conhecimento básico da língua egípcia, da sua gramática, estrutura e vocabulário, podendo, desde logo, ler um conjunto de textos importantes, como a famosa “fórmula de oferendas”, frequentemente inscrita em objetos e monumentos egípcios.
Programa
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As aulas do curso de Introdução ao Egípcio Hieroglífico são de carácter muito prático, pelo que os/as alunos/as devem vir preparados para participar nas discussões e resolução de exercícios em conjunto. Haverá sempre alguma atividade para fazer ou completar em casa após cada aula, tendo em conta que a escrita hieroglífica requer um grande esforço de memorização logo desde o início. O programa segue a ordem de tópicos da Gramática Fundamental de Egípcio Hieroglífico de Ronaldo Gurgel Pereira, que será a gramática principal utilizada pelo curso, complementada por outros materiais que serão fornecidos pela Docente. Note-se que o programa planeado para as seis semanas de curso estará sujeito a pequenas modificações e ajustes, consoante o número de alunos/as e o passo das aulas.
Semana 1
Introdução ao curso e à língua egípcia: as origens da língua, a decifração dos hieróglifos e a formação da Egiptologia. Introdução à escrita hieroglífica, ao “alfabeto” egípcio, aos fonogramas e ideogramas e à orientação da escrita. Como se lê o egípcio antigo: convenções fonológicas egiptológicas. Exercícios.
Semana 2
Substantivos, Adjetivos, Preposições e Pronomes. Exercícios.
Semana 3
Advérbios, Numerais e Partículas. Nomes reais, títulos e epítetos. Exercícios.
Semana 4
A frase não-verbal: sintaxe. A frase não-verbal de predicado nominal. Exercícios.
Semana 5
A frase não-verbal de predicado adjetival. A frase não-verbal de predicado adverbial. Exercícios.
Semana 6
Ler túmulos egípcios: legendas, conversas, descrições, expressões. A fórmula de oferenda: escrita, palavra, poder e imortalidade. Considerações finais: recapitulando o que aprendemos e pensando no que ainda falta aprender
Bibliografia
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- Bussmann, Richard (2017). Complete Middle Egyptian. A New Method for Understanding Hieroglyphs: Reading Texts in Context. London: Hachette.
- Fischer, Henry G. (1988). Ancient Egyptian Calligraphy. A Beginner’s Guide to Writing Hieroglyphs, 3rd ed. New York: The Metropolitan Museum of Art.
- Pereira, Ronaldo G. Gurgel (2016). Gramática Fundamental de Egípcio Hieroglífico, 2.ª Edição. Lisboa: Chiado Editora.
- Ryan, Donald P. (2016). O Antigo Egipto por Cinco Deben ao Dia. Lisboa: Bizâncio.
- Wilkinson, Richard H. (1992). Reading Egyptian Art. A Hieroglyphic Guide to Ancient Egyptian Painting and Sculpture. New York: Thames and Hudson.
propina
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Ver tabela em Informações úteis.
Docente(s)
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Inês Torres é doutora em Egiptologia pela Universidade de Harvard e bolseira de investigação pós-doutoral no CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa. Licenciou-se em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e é Mestre em Egiptologia pela Universidade de Oxford. Foi docente de Egípcio Hieroglífico na Universidade de Harvard por três anos consecutivos, recebendo vários prémios e menções honrosas pela qualidade das suas aulas. Inês Torres é, também, fundadora e coordenadora do projeto de divulgação do Antigo Egipto no Instagram «Uma Egiptóloga Portuguesa» (@umaegiptologaportuguesa) e do podcast «Três Egiptólogues Entram Num Bar», que pretendem combater a desinformação sobre a Egiptologia e o Antigo Egipto através da partilha de conteúdos educacionais em português. Desde 2023 que dirige o Projeto de Documentação da Mastaba de Akhmerutnisut (MAD-P, na sigla inglesa), em Guiza, no Egipto, financiado pelo American Research Center in Egypt.