Lemos com o corpo todo: oficina de leitura expressiva
Este curso vai ser lecionado na modalidade de ensino presencial
Objetivos
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- Refletir criticamente sobre a abordagem da leitura expressiva de textos literários e não literários na área disciplinar do português língua materna;
- Desenvolver competências de interpretação expressiva oral de um texto, em função das suas condições de produção e características textuais e linguísticas;
- Dominar técnicas de expressão corporal na oralidade;
- Dominar a leitura subjetiva, criativa e performática.
Programa
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1. Introdução.
- A leitura na didática da língua materna: compreensão e expressividade;
- Leitura silenciosa e leitura em voz alta (expressiva);
- Leitura e géneros de texto;
- Leitura e domínio do funcionamento da língua e dos usos linguísticos.
2. Expressão corporal na oralidade.
- Postura;
- Disponibilidade;
- Ativação/desativação;
- Tom e volume da voz;
- Utilização dos ressoadores;
- Articulação das palavras;
- Respiração.
3. Tradução para a oralidade de processos e recursos expressivos da escrita.
- Léxico e características gramaticais;
- Identificação do género de texto;
- Identificação e encadeamento de sentidos.
4. Leitura subjetiva, criativa e performática.
- Ritmos e intensidades;
- Fôlegos de respiração e pensamento;
- Circunstâncias espaciais e outras;
- Diálogo implícito com os ouvintes.
Bibliografia
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- Castarède, Marie-France (1998). A voz e os seus sortilégios. Lisboa: Ed. Caminho.
- Giasson, Jocelyne (2000). A Compreensão na Leitura. Porto: Asa.
- Jean, Georges (2000). A Leitura em Voz Alta, Lisboa: Instituto Piaget.
- Tochon, François Victor (1995). A língua como projecto didáctico. Porto: Porto Editora.
- Vieira, Margarida Magalhães (1996). Voz e relação educativa. Porto: Ed. Afrontamento.
PROPINA
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Ver tabela em informações úteis.
docentes
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Helena Topa Valentim é doutorada em Linguística, área de especialidade em Semântica. É docente no Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e investigadora integrada do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa, onde integra o grupo de trabalho em Gramática e Texto. Coordena os Cursos de Mestrado em Ensino na área de docência de português. As suas áreas de interesse são semântica, pragmática, análise do discurso e didática da língua materna.
António Fonseca nasceu em 1953 em Santo Tirso. Estudou Teatro e Filosofia. Alguns dos seus trabalhos mais recentes em teatro foram “Suécia”, de Pedro Mexia, com encenação de Nuno Cardoso; “Ensaio de Orquestra”, a partir de F. Fellini, com encenação de Tónan Quito; “O Inesquecível Professor”, de Pedro Gil; “Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues; “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, a partir de L Camões; “A matança Ritual”, de Gorge Mastromas, de David Kelly, com encenação de Tiago Guedes; “Medronho #1”, de Sandro W Junqueira, com encenação de Giacomo Scalisi; “Frei Luís de Sousa”, de Almeida Garrett, com encenação de Rogério de Carvalho. Entre outros, destacam-se os seguintes trabalhos em televisão: “Terra Brava”; “Mar Salgado” (SIC); “Cidade Despida”; “Depois do Adeus”; “Odisseia”; “Os Boys”; “Sul”; “Causa Própria” (RTP1). No cinema, integrou “Primeira Obra”, de Rui Simões; “Sombras Brancas”, de F. Vendrell; “Vida Invisível”, de Karim Ainouz (vencedor de Un Certain Regard no festival de Cannes); “Snu”, de Patrícia Sequeira; “L’Aragnée Rouge”, de Franco Florino; foi nomeado para os Prémios Sophia de cinema (ator secundário) em “Florbela”, de Vicente Alves do Ó. Gravou “Os Lusíadas”, no audiolivro “Os Lusíadas como nunca os ouviu – versão integral da epopeia de Luís de Camões”, e “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco – Imprensa Nacional Casa da Moeda. Desenvolveu projetos nos domínios do Teatro e Educação e de formação, com destaque para o trabalho na Escola Secundária Camilo Castelo Branco (Carnaxide), na Escola Superior de Educação de Coimbra (Curso de Teatro e Educação) e no Teatro Nacional de S. João e Companhia de Teatro de Braga.