Animais úteis à agricultura. O PARDAL
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Título
Animais úteis à agricultura. O PARDAL
Criador
Rodrigues Chicó
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 922, pág. 3, col 3,4, pág. 4, col 1
Data
16-02-1907
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
É tão numerosa a quantidade de aves úteis à agricultura que seria fastidioso enumerá-las todas; é certo, porém, que elas prestam serviços tão importantes à lavoura que em todos os países civilizadas se tem promulgados leis internacionais, por meio de convenções entre diversas nações. Ainda agora foi aprovada no nosso parlamento uma dessas convenções, para ser ratificada. […]
Neste artiguinho quero referir-me unicamente ao pardal, que toda a gente persegue como prejudicial à agricultura, e até o nosso grande poeta Castilho lhe chamou «daninho» numa dessas poesias tão populares.
Esta pequenina ave, que é quási doméstica e se encontra em toda a parte onde o homem habita, vivendo nos telhados e buracos das paredes das casas, danifica realmente algumas culturas hortenses e bocados das cearas cultivadas em terrenos adjacentes às habitações; mas, em compensação, destrói uma quantidade enormíssima de lagartas, borboletas, besouros e outros insetos, que muito mais consideráveis prejuízos causariam à agricultura, se os pardais não existissem.
Durante três ou quatro criações que os pardais fazem em cada ano, alimentam os seus filhos unicamente com bichos nocivos à agricultura.
O Sr. de Tschoudi diz que contou os bichos que casal de pardais emprega na semana de alimentação dos seus filhos, e que regulam aproximadamente por 3000, entre insetos, larvas, formigas e gafanhotos, etc. Cada um dos pais traz para o ninho, vinte vezes por hora, alimento para os filhos. Quando nos jardins e hortas as plantas são atacadas pelo piolho, pulgão e outros insetos, basta haver uma pequena quantidade de pardais, para em pouco tempo os devorarem. […]
Neste artiguinho quero referir-me unicamente ao pardal, que toda a gente persegue como prejudicial à agricultura, e até o nosso grande poeta Castilho lhe chamou «daninho» numa dessas poesias tão populares.
Esta pequenina ave, que é quási doméstica e se encontra em toda a parte onde o homem habita, vivendo nos telhados e buracos das paredes das casas, danifica realmente algumas culturas hortenses e bocados das cearas cultivadas em terrenos adjacentes às habitações; mas, em compensação, destrói uma quantidade enormíssima de lagartas, borboletas, besouros e outros insetos, que muito mais consideráveis prejuízos causariam à agricultura, se os pardais não existissem.
Durante três ou quatro criações que os pardais fazem em cada ano, alimentam os seus filhos unicamente com bichos nocivos à agricultura.
O Sr. de Tschoudi diz que contou os bichos que casal de pardais emprega na semana de alimentação dos seus filhos, e que regulam aproximadamente por 3000, entre insetos, larvas, formigas e gafanhotos, etc. Cada um dos pais traz para o ninho, vinte vezes por hora, alimento para os filhos. Quando nos jardins e hortas as plantas são atacadas pelo piolho, pulgão e outros insetos, basta haver uma pequena quantidade de pardais, para em pouco tempo os devorarem. […]
Ficheiros
Colecção
Citação
Rodrigues Chicó, “Animais úteis à agricultura. O PARDAL”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 922, pág. 3, col 3,4, pág. 4, col 1 , 16-02-1907. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 20 de Fevereiro de 2025, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1019.