VINICULTURA E VITICULTURA
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Título
VINICULTURA E VITICULTURA
Criador
S/ autor
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 303, pág. 2, col. 4, pág. 3, col. 1, 2
Data
06-04-1895
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
Da Vinha Portuguesa, n.º 3 do ano X extractamos o seguinte para conhecimento dos nossos agricultores:
Tratamento do míldio
Sabemos que muitos dos nossos viticultores se estão desde já preparando com os aparelhos e medicamentos indispensáveis para combater esta criptogâmica e recomendamos-lhes mais uma vez e sempre que não deixem de fazer os tratamentos preventivos que tantas vezes temos aconselhado, embora não haja vestígios do mal e ainda nas vinhas que o ano passado não tiveram aparentemente sintomas de doença.
Os tratamentos por excelência continuam sendo os feitos com a calda bordelesa e enxofre cúprico, embatendo este simultaneamente o oídio e o míldio e do qual nos têm dado as melhores informações.
Em França está-se empregando também muito o verdete neutro, e com bom resultado. Consta-nos que alguns viticultores têm já feito encomendas deste preparado, a fim de o experimentarem. Pedimos que nos dêem quaisquer informações sobre os resultados que obtiverem. As novas plantações
O tempo tem desfavorecido este trabalho, no entanto muitas baceladas se têm feito.
(…)
Calendário vitícola
Trabalhos do mês de Abril — Concluem-se as enxertias e plantações e dá-se o maior desenvolvimento ao trabalho da cava, para que se possa concluir antes do terreno ter apertado, nas terras fortes, e antes que o desenvolvimento dos novos lançamentos prejudique muito o trabalho.
A cava faz-se geralmente à enxada, podendo fazer-se à charrua, nas vinhas dispostas para esse fim, com muito mais economia.
Aplicam-se também adubos químicos, que podem ser espalhados no terreno antes da cava, lançados junto á cepa, se ela é nova, ou no vão da manta se é mais antiga.
Enceta-se neste mês a grande luta contra a legião de inimigos que vem atacar a vinha: o oídio, o míldio, Antracnose, a clorose, o pulgão, etc, tendo a juntar-se a geada, como neste ano em algumas regiões, cujos efeitos tão desastrosos, são.
Logo que os rebentos da vinha adquirem o desenvolvimento (…) devem começar os tratamentos, sendo certo que, contra os inimigos mais perigosos, oídio, míldio e charbon, são os tratamentos preventivos de maior eficácia.
Aplica-se então o enxofre simples contra o oídio; ou a mistura de 5 de enxofre e 1 de cal para combater juntamente o oídio e charbon, afastando ainda o Pulgão e algum dos preparados cúpricos mais recomendados (pós ou líquidos) para preservar os novos rebentos dos ataques do míldio.
(…)
Há castas indígenas que são indemnes, ou pelo menos, muito resistentes aos ataques do míldio, sendo da maior conveniência que os viticultores continuem verificando bem, quais as que possuem essa excelente qualidade, para delas obterem os garfos necessários às suas enxertias.
Tratamento do míldio
Sabemos que muitos dos nossos viticultores se estão desde já preparando com os aparelhos e medicamentos indispensáveis para combater esta criptogâmica e recomendamos-lhes mais uma vez e sempre que não deixem de fazer os tratamentos preventivos que tantas vezes temos aconselhado, embora não haja vestígios do mal e ainda nas vinhas que o ano passado não tiveram aparentemente sintomas de doença.
Os tratamentos por excelência continuam sendo os feitos com a calda bordelesa e enxofre cúprico, embatendo este simultaneamente o oídio e o míldio e do qual nos têm dado as melhores informações.
Em França está-se empregando também muito o verdete neutro, e com bom resultado. Consta-nos que alguns viticultores têm já feito encomendas deste preparado, a fim de o experimentarem. Pedimos que nos dêem quaisquer informações sobre os resultados que obtiverem. As novas plantações
O tempo tem desfavorecido este trabalho, no entanto muitas baceladas se têm feito.
(…)
Calendário vitícola
Trabalhos do mês de Abril — Concluem-se as enxertias e plantações e dá-se o maior desenvolvimento ao trabalho da cava, para que se possa concluir antes do terreno ter apertado, nas terras fortes, e antes que o desenvolvimento dos novos lançamentos prejudique muito o trabalho.
A cava faz-se geralmente à enxada, podendo fazer-se à charrua, nas vinhas dispostas para esse fim, com muito mais economia.
Aplicam-se também adubos químicos, que podem ser espalhados no terreno antes da cava, lançados junto á cepa, se ela é nova, ou no vão da manta se é mais antiga.
Enceta-se neste mês a grande luta contra a legião de inimigos que vem atacar a vinha: o oídio, o míldio, Antracnose, a clorose, o pulgão, etc, tendo a juntar-se a geada, como neste ano em algumas regiões, cujos efeitos tão desastrosos, são.
Logo que os rebentos da vinha adquirem o desenvolvimento (…) devem começar os tratamentos, sendo certo que, contra os inimigos mais perigosos, oídio, míldio e charbon, são os tratamentos preventivos de maior eficácia.
Aplica-se então o enxofre simples contra o oídio; ou a mistura de 5 de enxofre e 1 de cal para combater juntamente o oídio e charbon, afastando ainda o Pulgão e algum dos preparados cúpricos mais recomendados (pós ou líquidos) para preservar os novos rebentos dos ataques do míldio.
(…)
Há castas indígenas que são indemnes, ou pelo menos, muito resistentes aos ataques do míldio, sendo da maior conveniência que os viticultores continuem verificando bem, quais as que possuem essa excelente qualidade, para delas obterem os garfos necessários às suas enxertias.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/ autor, “VINICULTURA E VITICULTURA ”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 303, pág. 2, col. 4, pág. 3, col. 1, 2 , 06-04-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1102.