VITICULTURA
Lê-se na Vinha Portuguesa:
Caça ao pulgão
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Título
VITICULTURA
Lê-se na Vinha Portuguesa:
Caça ao pulgão
Lê-se na Vinha Portuguesa:
Caça ao pulgão
Criador
S/ autor
Fonte
O Jornal de Cantanhede, n.º 308, pág. 1, col. 4, pág. 2, col. 1, 2, 3
Data
11-05-1895
Colaborador
Pedro Barros
Text Item Type Metadata
Text
O pulgão é um insecto que, no nosso país, primeiro começa a destruir as folhas da vinha, e produz estragos muito sensíveis. Vários têm sido os meios indicados para o combater, mas no nosso país é apenas praticada a apanha, que é um processo moroso e de resultado pouco certo. Um viticultor francês acaba de indicar um meio, que nos parece digno de ser experimentado. Coloca sobre algumas cepas de distância a distância, umas trouxas de palha e os insectos, que de dia saltam, sendo difícil apanhá-los, ao cair da tarde e à noite dirigem-se a estes abrigos. De manhã cedo, quando os insectos estão ainda adormecidos ou sonolentos apanham-se bem e deitam-se em água com sabão, onde morrem, ou sobre tabuas alcatroadas onde, também não vivem muito tempo. Mencionam-se factos de grandes colheitas por este processo.
(…)
Calendário vitícola
Trabalhos do mês de Maio — Devem neste mês completar-se as cavas, começando a raspa ou redra nas vinhas que lançaram alguma erva, ou naquelas em que a cava ficou muito levantada. Efectua-se segunda lavra, nas que estão dispostas para o emprego da charrua.
Faz-se o segundo tratamento contra o oídio e míldio, mesmo nas vinhas que não mostrem sinal de ataque, pois que a excelência destes tratamentos é incontestada como preventivos. O ano vai muito propício, para grande desenvolvimento de míldio; previnam-se, pois, todos com tempo.
Convém empregar maior percentagem de sulfato de cobre nas vinhas já atacadas de míldio, e principalmente de black-rot, devendo, no caldo bordelês, empregar-se 3 a 4% de sulfato de cobre, ou, preferindo os pós cúpricos, usar dos que tenham garantida a percentagem de 8 do mesmo sal, desconfiando dos produtos baratos, apresentados no comércio, em que, para conseguir a barateza, se diminui a quantidade de sulfato de cobre, elemento de preço mais elevado da composição, substituindo-o, em peso, por outro de menos valor: cal, enxofre, talco, carvão, cinza, etc.
É evidente a razão porque a percentagem do sulfato de cobre deve ser, nos pós, dupla da conveniente para as preparações líquidas.
Deve este mês encetar-se a poda verde: despontando os lançamentos que tomarem um desenvolvimento anormal, não conveniente, e suprimindo completamente os ladrões, e os rebentos, que, não mostrando espigas, sejam desnecessários a assegurar a boa poda e empa do ano seguinte.
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Calendário vitícola
Trabalhos do mês de Maio — Devem neste mês completar-se as cavas, começando a raspa ou redra nas vinhas que lançaram alguma erva, ou naquelas em que a cava ficou muito levantada. Efectua-se segunda lavra, nas que estão dispostas para o emprego da charrua.
Faz-se o segundo tratamento contra o oídio e míldio, mesmo nas vinhas que não mostrem sinal de ataque, pois que a excelência destes tratamentos é incontestada como preventivos. O ano vai muito propício, para grande desenvolvimento de míldio; previnam-se, pois, todos com tempo.
Convém empregar maior percentagem de sulfato de cobre nas vinhas já atacadas de míldio, e principalmente de black-rot, devendo, no caldo bordelês, empregar-se 3 a 4% de sulfato de cobre, ou, preferindo os pós cúpricos, usar dos que tenham garantida a percentagem de 8 do mesmo sal, desconfiando dos produtos baratos, apresentados no comércio, em que, para conseguir a barateza, se diminui a quantidade de sulfato de cobre, elemento de preço mais elevado da composição, substituindo-o, em peso, por outro de menos valor: cal, enxofre, talco, carvão, cinza, etc.
É evidente a razão porque a percentagem do sulfato de cobre deve ser, nos pós, dupla da conveniente para as preparações líquidas.
Deve este mês encetar-se a poda verde: despontando os lançamentos que tomarem um desenvolvimento anormal, não conveniente, e suprimindo completamente os ladrões, e os rebentos, que, não mostrando espigas, sejam desnecessários a assegurar a boa poda e empa do ano seguinte.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/ autor, “VITICULTURA
Lê-se na Vinha Portuguesa:
Caça ao pulgão
”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 308, pág. 1, col. 4, pág. 2, col. 1, 2, 3 , 11-05-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1103.
Lê-se na Vinha Portuguesa:
Caça ao pulgão
”. In O Jornal de Cantanhede, n.º 308, pág. 1, col. 4, pág. 2, col. 1, 2, 3 , 11-05-1895. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1103.