ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Dublin Core
Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 12º Ano, nº 598, p. 2.
Data
13-06-1897
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
BLACK-ROT
[ilegível] e entre estes o nosso presado amigo, sr. J. P. Freire de Campos, trataram proficientemente desta moléstia, mostrando a sua gravidade e indicando diversos tratamentos próprios a exterminá-la.
Como, porém, é oportuna a ocasião julgamos de bastante utilidade indicar aos viticultores quais os caracteres, época de aparição e tratamentos preventivos aconselhados por M. Vassilliere, ilustrado professor d’agricultura em Gironde.
O black-rot, encontra-se nas folhas em pequenas nódoas redondas, semelhantes a queimaduras, de que diferem pela presença constante de muitos pequenos pontos negros espalhados sobre as nódoas e quando não existam esses pontos negros não existe o black-rot. […]
Consistem os tratamentos preventivos na aplicação de preparações cúpricas líquidas.
M. Vassilliere indica-nos como melhores formas para tratamentos líquidos os seguintes:
Calda Bordalesa
Água – 100 litros
Sulfato de cobre – 2 kilos
Cal em pedra – 1 kilo
Calda borgonhesa
Água – 100 litros
Sulfato de cobre – 2 kilos
Carbonato de soda – 2 kilos
A qualquer das caldas deve juntar-se, a fim de lhe aumentar a aderência e torna-las mais eficazes, 250 gramas de açúcar branco, anteriormente dissolvido, por hectolitro.
Para evitar acidentes, aliás de pouca importância, que possam aparecer pelo uso de cal ou carbonato de soda de má qualidade, deve juntar-se na solução de sulfato de cobre, leite de cal ou de carbonato de soda em porção tal, que mergulhando-se durante 5 minutos, na calda anteriormente preparada, um bocado de ferro bastante luzidio, este não traga aderindo mais que uma pequena porção de cobre vermelho.
Existem ainda pós que, diluídos na água, podem obter caldas tão eficazes como a bordalesa e borgonhesa.
Estes pós contendo 50 a 90% de enxofre e 10 a 50% de sulfosteatite ou mesmo esteatite pura, fazem melhores caldas conhecidas para combaterem o míldio e o oídio.
Épocas e número de tratamentos líquidos
O primeiro tratamento aplica-se quando os lançamentos tenham 10 a 12 folhas, isto é, no momento em que começa a floração.
Terceiro tratamento: no fim da floração e quarto logo que começa a pinta das uvas. Como particularmente a doença se propague das folhas aos frutos, é de grande conveniência cortar as que já tiveram nódoas e isto no tempo que decorre de Maio a Junho. Também devem ser imediatamente queimadas ainda que estejam secas.
É necessário que todos os tratamentos sejam executados com o maior cuidado e atingir bem as partes verdes com os líquidos e sólidos.
[ilegível] e entre estes o nosso presado amigo, sr. J. P. Freire de Campos, trataram proficientemente desta moléstia, mostrando a sua gravidade e indicando diversos tratamentos próprios a exterminá-la.
Como, porém, é oportuna a ocasião julgamos de bastante utilidade indicar aos viticultores quais os caracteres, época de aparição e tratamentos preventivos aconselhados por M. Vassilliere, ilustrado professor d’agricultura em Gironde.
O black-rot, encontra-se nas folhas em pequenas nódoas redondas, semelhantes a queimaduras, de que diferem pela presença constante de muitos pequenos pontos negros espalhados sobre as nódoas e quando não existam esses pontos negros não existe o black-rot. […]
Consistem os tratamentos preventivos na aplicação de preparações cúpricas líquidas.
M. Vassilliere indica-nos como melhores formas para tratamentos líquidos os seguintes:
Calda Bordalesa
Água – 100 litros
Sulfato de cobre – 2 kilos
Cal em pedra – 1 kilo
Calda borgonhesa
Água – 100 litros
Sulfato de cobre – 2 kilos
Carbonato de soda – 2 kilos
A qualquer das caldas deve juntar-se, a fim de lhe aumentar a aderência e torna-las mais eficazes, 250 gramas de açúcar branco, anteriormente dissolvido, por hectolitro.
Para evitar acidentes, aliás de pouca importância, que possam aparecer pelo uso de cal ou carbonato de soda de má qualidade, deve juntar-se na solução de sulfato de cobre, leite de cal ou de carbonato de soda em porção tal, que mergulhando-se durante 5 minutos, na calda anteriormente preparada, um bocado de ferro bastante luzidio, este não traga aderindo mais que uma pequena porção de cobre vermelho.
Existem ainda pós que, diluídos na água, podem obter caldas tão eficazes como a bordalesa e borgonhesa.
Estes pós contendo 50 a 90% de enxofre e 10 a 50% de sulfosteatite ou mesmo esteatite pura, fazem melhores caldas conhecidas para combaterem o míldio e o oídio.
Épocas e número de tratamentos líquidos
O primeiro tratamento aplica-se quando os lançamentos tenham 10 a 12 folhas, isto é, no momento em que começa a floração.
Terceiro tratamento: no fim da floração e quarto logo que começa a pinta das uvas. Como particularmente a doença se propague das folhas aos frutos, é de grande conveniência cortar as que já tiveram nódoas e isto no tempo que decorre de Maio a Junho. Também devem ser imediatamente queimadas ainda que estejam secas.
É necessário que todos os tratamentos sejam executados com o maior cuidado e atingir bem as partes verdes com os líquidos e sólidos.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 12º Ano, nº 598, p. 2., 13-06-1897. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 28 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1235.