O MÍLDIO
Dublin Core
Título
O MÍLDIO
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 14º Ano, nº 704, p. 2.
Data
25-06-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Não só neste concelho, como e todo o país, houve, desde o princípio deste mês, ataques repentinos e violentos do míldio, que causaram prejuízos gravíssimos em alguns pontos.
Nas vinhas convenientemente tratadas os estragos foram pequenos, e nalgumas não chegaram a prejudicar as uvas.
Alguns viticultores não quiserem usar dos remédios preventivos, mas devem ter-se arrependido, porque sofreram grandes prejuízos, muito e muito superiores às despesas que fariam se sulfatassem a tempo competente.
Além de que as vinhas atacadas de míldio, não sendo tratadas, ressentem-se em anos seguintes, o que maior prejuízo causa.
Para combater o míldio o remédio mais eficaz, por ser o que produz efeito mais rápido, é a calda ácida, ou calda celeste, que se compõe de 200 a 250 gramas de sulfato de cobre em cada 100 litros de água. Tem apenas o inconveniente de, depois de espalhada pelas cepas, não se conhecer, de maneira que é difícil fiscalizar se a sulfatagem foi ou não bem feita.
Para evitar este inconveniente, emprega-se mais geralmente a calda bordalesa que, como todos sabem, se compõe de 2 a 3 kilos de sulfato de cobre e 1 a ½ kilos de cal por cada 100 litros de água.
O efeito do tratamento com a calda bordalesa é menos rápido, mas ainda mais duradouro.
Também se emprega o verdete que tem dados bons resultados.
O míldio atacou a vinha, algumas árvores, batatais e tomateiros.
Neste concelho trata-se com atividade de sulfatagem das vinhas atacadas, empregando-se a calda bordalesa, a calda ácida e o verdete, e alguns a verditina.
Oxalá que colham os resultados que desejam.
Este ano as despesas com as vinhas foram extraordinárias e é necessário que o vinho seja vendido por bom preço para as compensar.
Nas vinhas convenientemente tratadas os estragos foram pequenos, e nalgumas não chegaram a prejudicar as uvas.
Alguns viticultores não quiserem usar dos remédios preventivos, mas devem ter-se arrependido, porque sofreram grandes prejuízos, muito e muito superiores às despesas que fariam se sulfatassem a tempo competente.
Além de que as vinhas atacadas de míldio, não sendo tratadas, ressentem-se em anos seguintes, o que maior prejuízo causa.
Para combater o míldio o remédio mais eficaz, por ser o que produz efeito mais rápido, é a calda ácida, ou calda celeste, que se compõe de 200 a 250 gramas de sulfato de cobre em cada 100 litros de água. Tem apenas o inconveniente de, depois de espalhada pelas cepas, não se conhecer, de maneira que é difícil fiscalizar se a sulfatagem foi ou não bem feita.
Para evitar este inconveniente, emprega-se mais geralmente a calda bordalesa que, como todos sabem, se compõe de 2 a 3 kilos de sulfato de cobre e 1 a ½ kilos de cal por cada 100 litros de água.
O efeito do tratamento com a calda bordalesa é menos rápido, mas ainda mais duradouro.
Também se emprega o verdete que tem dados bons resultados.
O míldio atacou a vinha, algumas árvores, batatais e tomateiros.
Neste concelho trata-se com atividade de sulfatagem das vinhas atacadas, empregando-se a calda bordalesa, a calda ácida e o verdete, e alguns a verditina.
Oxalá que colham os resultados que desejam.
Este ano as despesas com as vinhas foram extraordinárias e é necessário que o vinho seja vendido por bom preço para as compensar.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “O MÍLDIO”. In Damião de Goes, 14º Ano, nº 704, p. 2., 25-06-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1280.