Épocas favoráveis ao tratamento do oídio
Dublin Core
Título
Épocas favoráveis ao tratamento do oídio
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 15º Ano, nº 745, p. 2.
Data
08-04-1900
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A multiplicidade de tratamentos anti-criptogâmicos tem desorientado certos viticultores que, embora tratassem as vinhas, o faziam muitas vezes inoportunamente.
Depois da introdução das sulfatagens nas práticas vitícolas, a questão de saber se a primeira enxofração deve ser feita antes da primeira sulfatagem, tem sido muitas vezes discutida.
Até hoje, na prática, cada um resolve a questão de saber se a primeira enxofração deve ser feita antes da primeira sulfatagem, tem sido muitas vezes discutida.
Até hoje, na prática, cada um resolve a questão um pouco ao acaso, segundo lhe parece ou lhe convém, sem se preocupar talvez com as consequências que dali podem resultar.
Ora, o que acontece quando a primeira enxofração, feita muito ativamente, precede a primeira sulfatagem? A maior parte das vezes o viticultor faz uma segunda enxofração antes, ou o mais tardar, durante a floração. E fá-lo tanto mais espontaneamente desde que é matéria corrente a ideia de que o enxofre ativa a vegetação.
Nestas condições, desde o desdobramento até à vindima, durante um período de cerca de 6 meses, as três enxofrações usuais e preventivas são suficientes para combater o oídio, e devem fazer-se duas pelos meses de Abril e Maio e outra somente pelos outros meses até Setembro.
[…]
Chegada a época dos grandes calores, não se arriscam senão tratamentos tímidos, tornados hoje em verdadeiras vaporizações com as enxofradeiras aperfeiçoadas, e são exatamente os grandes calores que fazem desenvolver intensiva e rapidamente os gérmenes invisíveis implantados sobre os bagos.
É assim que muitas vezes se tem constatado que as vinhas tratadas com enxofre, três e mesmo quatro vezes, estavam devastadas pelo oídio.
Para remediar estes inconvenientes julgamos que, na ordem dos tratamentos, é preferível retardar a primeira enxofração e fazê-la preceder pela primeira sulfatagem.
Esta primeira enxofração, feita antes da floração, é seguida da segunda sulfatagem, e a segunda enxofração deve ser feita imediatamente à floração, quando o bago, completamente formado, está desembaraçado do invólucro floral.
Esta segunda enxofração corresponde então ao mês de Junho e, quando é bem-feita, e abundantemente, é raro que não preserve completa e definitivamente a colheita com uma terceira e ligeira enxofração feita com enxofradeira mecânica.
Depois da introdução das sulfatagens nas práticas vitícolas, a questão de saber se a primeira enxofração deve ser feita antes da primeira sulfatagem, tem sido muitas vezes discutida.
Até hoje, na prática, cada um resolve a questão de saber se a primeira enxofração deve ser feita antes da primeira sulfatagem, tem sido muitas vezes discutida.
Até hoje, na prática, cada um resolve a questão um pouco ao acaso, segundo lhe parece ou lhe convém, sem se preocupar talvez com as consequências que dali podem resultar.
Ora, o que acontece quando a primeira enxofração, feita muito ativamente, precede a primeira sulfatagem? A maior parte das vezes o viticultor faz uma segunda enxofração antes, ou o mais tardar, durante a floração. E fá-lo tanto mais espontaneamente desde que é matéria corrente a ideia de que o enxofre ativa a vegetação.
Nestas condições, desde o desdobramento até à vindima, durante um período de cerca de 6 meses, as três enxofrações usuais e preventivas são suficientes para combater o oídio, e devem fazer-se duas pelos meses de Abril e Maio e outra somente pelos outros meses até Setembro.
[…]
Chegada a época dos grandes calores, não se arriscam senão tratamentos tímidos, tornados hoje em verdadeiras vaporizações com as enxofradeiras aperfeiçoadas, e são exatamente os grandes calores que fazem desenvolver intensiva e rapidamente os gérmenes invisíveis implantados sobre os bagos.
É assim que muitas vezes se tem constatado que as vinhas tratadas com enxofre, três e mesmo quatro vezes, estavam devastadas pelo oídio.
Para remediar estes inconvenientes julgamos que, na ordem dos tratamentos, é preferível retardar a primeira enxofração e fazê-la preceder pela primeira sulfatagem.
Esta primeira enxofração, feita antes da floração, é seguida da segunda sulfatagem, e a segunda enxofração deve ser feita imediatamente à floração, quando o bago, completamente formado, está desembaraçado do invólucro floral.
Esta segunda enxofração corresponde então ao mês de Junho e, quando é bem-feita, e abundantemente, é raro que não preserve completa e definitivamente a colheita com uma terceira e ligeira enxofração feita com enxofradeira mecânica.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “Épocas favoráveis ao tratamento do oídio ”. In Damião de Goes, 15º Ano, nº 745, p. 2., 08-04-1900. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1287.