Tratamento da filoxera – descoberta de um português
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Título
Tratamento da filoxera – descoberta de um português
Criador
S/autor
Fonte
O Manuelinho de Évora, Ano VII, nº 339, p. 2.
Data
19-07-1887
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
O sr. José Manuel Adão Branco, de Vassal, concelho de Valpaços dirigiu ao sr. presidente do conselho de ministros uma carta, propondo nos seguintes termos o tratamento da filoxera:
«Depois de aturados estudos e experiências, descobri o remédio eficaz para curar todas as cepas de vinhas doentes com a filoxera, preservar do contágio as poucas que ainda se possam considerar indemnes, e desinfetar os bacelos de todas as castas, com raízes ou sem elas, para novas plantações, tudo isto simultaneamente. É um segredo meu o remédio da minha invenção, admiravelmente barato, pois não deverá custar mais de 500 até 800 réis o preciso para em cada ano, enquanto se não extinguirem as filoxeras, curar 1000 cepas de vinha de baixo porte; e que eu só poderei descobrir e ensinar gratuitamente aos viticultores, depois dos governos portugueses e estrangeiros, em cujos Estados houver vinhas filoxeradas, me garantirem uma gratificação razoável…
Se, por ventura, a minha descoberta e invenção for razoavelmente gratificada, emprestarei a todos os proprietários portugueses que precisarem, as quantias necessárias para a replantação das vinhas destruídas pela filoxera, por sete anos gratuitamente, findos os quais terão de pagar os capitais ou os juros de 50 p. c. ao ano a mim ou a meus herdeiros, porque já tenho 61 anos de idade; sendo excluídos os terrenos que tiverem passado a novos possuidores, por se presumir que estes nada sofrerão com a destruição; salvo quando esses terrenos voltem por título autêntico aos antigos possuidores.»
«Depois de aturados estudos e experiências, descobri o remédio eficaz para curar todas as cepas de vinhas doentes com a filoxera, preservar do contágio as poucas que ainda se possam considerar indemnes, e desinfetar os bacelos de todas as castas, com raízes ou sem elas, para novas plantações, tudo isto simultaneamente. É um segredo meu o remédio da minha invenção, admiravelmente barato, pois não deverá custar mais de 500 até 800 réis o preciso para em cada ano, enquanto se não extinguirem as filoxeras, curar 1000 cepas de vinha de baixo porte; e que eu só poderei descobrir e ensinar gratuitamente aos viticultores, depois dos governos portugueses e estrangeiros, em cujos Estados houver vinhas filoxeradas, me garantirem uma gratificação razoável…
Se, por ventura, a minha descoberta e invenção for razoavelmente gratificada, emprestarei a todos os proprietários portugueses que precisarem, as quantias necessárias para a replantação das vinhas destruídas pela filoxera, por sete anos gratuitamente, findos os quais terão de pagar os capitais ou os juros de 50 p. c. ao ano a mim ou a meus herdeiros, porque já tenho 61 anos de idade; sendo excluídos os terrenos que tiverem passado a novos possuidores, por se presumir que estes nada sofrerão com a destruição; salvo quando esses terrenos voltem por título autêntico aos antigos possuidores.»
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Colecção
Citação
S/autor, “Tratamento da filoxera – descoberta de um português”. In O Manuelinho de Évora, Ano VII, nº 339, p. 2., 19-07-1887. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1407.