Modificação importante na aplicação do caldo bordelês
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Título
Modificação importante na aplicação do caldo bordelês
Criador
L.
Fonte
O Manuelinho de Évora, Ano XIII, nº 644, p. 2.
Data
27-08-1893
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Muito se tem escrito sobre o tratamento do míldio e, apesar disso, não têm sido muito lisonjeiros na maior parte dos casos.
Se alguém, como no ano corrente, conseguiu salvar a produção de suas vinhas, foi à custa de uma despesa extraordinária com repetidas pulverizações. É que as causas da improficuidade dos tratamentos não consistem só na pureza do sulfato de cobre ou na defeituosa confeção do caldo bordelês mas muito também na sua aplicação.
Paulo Narbonne, vice-presidente do comício agrícola de Narbonne, refere, num jornal francês de viticultura, os bons resultados que há 7 anos tem tirado com o seu modo de combater o míldio.
Diz ele que só emprega 300 gramas de sulfato de cobre por hectolitro de água; as faz, sempre que é possível, um segundo tratamento 3 ou 4 dias depois do primeiro, começando a pulverizar em sentido inverso, isto é, pelas carreiras de cepas em que acabou o primeiro tratamento.
Acrescenta que o míldio, que em certos anos aparece 3 ou 4 semanas depois de um tratamento, não tem aparecido nas suas vinhas se não próximo à maturação.
E explica o caso observando que, não sendo fácil com um só tratamento destruir todos os esporos, porque sempre que ficam mais ou menos parras intactas pelo caldo, com o 2º tratamento há probabilidade em os destruir completamente antes do seu restabelecimento e multiplicação.
Por esta forma, só trazidos de fora poderão reinvadir a vinha.
O viticultor deve ter em muita conta esta e outras simplificações nos tratamentos de suas vinhas, porque – atendendo às grandes despesas com as plantações americanas – precisa que todos os serviços lhe fiquem pelo menor custo possível.
Ora, quando estas simplificações são, além de económicas, racionais como esta, todos os viticultores devem experimentar o referido modo de combater o míldio porque nisso despendem pouco e podem ganhar muito.
Se alguém, como no ano corrente, conseguiu salvar a produção de suas vinhas, foi à custa de uma despesa extraordinária com repetidas pulverizações. É que as causas da improficuidade dos tratamentos não consistem só na pureza do sulfato de cobre ou na defeituosa confeção do caldo bordelês mas muito também na sua aplicação.
Paulo Narbonne, vice-presidente do comício agrícola de Narbonne, refere, num jornal francês de viticultura, os bons resultados que há 7 anos tem tirado com o seu modo de combater o míldio.
Diz ele que só emprega 300 gramas de sulfato de cobre por hectolitro de água; as faz, sempre que é possível, um segundo tratamento 3 ou 4 dias depois do primeiro, começando a pulverizar em sentido inverso, isto é, pelas carreiras de cepas em que acabou o primeiro tratamento.
Acrescenta que o míldio, que em certos anos aparece 3 ou 4 semanas depois de um tratamento, não tem aparecido nas suas vinhas se não próximo à maturação.
E explica o caso observando que, não sendo fácil com um só tratamento destruir todos os esporos, porque sempre que ficam mais ou menos parras intactas pelo caldo, com o 2º tratamento há probabilidade em os destruir completamente antes do seu restabelecimento e multiplicação.
Por esta forma, só trazidos de fora poderão reinvadir a vinha.
O viticultor deve ter em muita conta esta e outras simplificações nos tratamentos de suas vinhas, porque – atendendo às grandes despesas com as plantações americanas – precisa que todos os serviços lhe fiquem pelo menor custo possível.
Ora, quando estas simplificações são, além de económicas, racionais como esta, todos os viticultores devem experimentar o referido modo de combater o míldio porque nisso despendem pouco e podem ganhar muito.
Ficheiros
Colecção
Citação
L. , “Modificação importante na aplicação do caldo bordelês ”. In O Manuelinho de Évora, Ano XIII, nº 644, p. 2., 27-08-1893. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1437.