SECÇÃO AGRÍCOLA. O esporão do centeio
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Título
SECÇÃO AGRÍCOLA. O esporão do centeio
Criador
S/autor
Fonte
Jornal de Penafiel, 8º Ano, nº 101, p. 1.
Data
16-10-1894
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
De dia para dia estão aparecendo moléstias no reino vegetal que são objetos de séria e aturados estudos dos homens de ciência, como a que agora nos vamos ocupar, e que por certo muito interessara aos nossos leitores, que por ventura dela ainda não tiveram conhecimento.
Lemos no Petit Journal um dos jornais mais bem informado de França, que o dr. Aguillon, de Pontioy, médico que tem feito especialidade do estudo das epidemias, chamou a atenção para a comissão de higienes e dos poderes superiores para um fenómeno que pode ocasionar consequências muito desastrosas, visto tratar-se de dum cogumelo denominado esporão do centeio, que contém substâncias toxicas, muito nocivas à saúde animal.
O esporão do centeio, no geral, é um pouco mais comprido e mais grosso que o grão normal do centeio, aparecendo com mais intensidade em anos de chuvas persistentes e onde houver humidades no solo.
Diz-nos o citado autor, que o esporão do centeio, quando convertido em farinha, produz convulsões, a gangrena das extremidades, a queda das unhas, garras e bicos. Esta intoxicação bem caracterizada por os sintomas expostos, não tem desde longos anos apresentado caracteres tão fortemente inquietantes, como relatos por o distinto clínico na ocasião presente.
É fácil obstar-se ao perigo, por isso que, depois da debulha, crivando o centeio cuidadosamente, o esporão, havendo-o, aparta do grão por completo; deve queimar-se em seguida o esporão ara não se misturar com os estrumes, nem ser comido pelas aves e estas, por seu turno, ingerirem a morte […]
Lemos no Petit Journal um dos jornais mais bem informado de França, que o dr. Aguillon, de Pontioy, médico que tem feito especialidade do estudo das epidemias, chamou a atenção para a comissão de higienes e dos poderes superiores para um fenómeno que pode ocasionar consequências muito desastrosas, visto tratar-se de dum cogumelo denominado esporão do centeio, que contém substâncias toxicas, muito nocivas à saúde animal.
O esporão do centeio, no geral, é um pouco mais comprido e mais grosso que o grão normal do centeio, aparecendo com mais intensidade em anos de chuvas persistentes e onde houver humidades no solo.
Diz-nos o citado autor, que o esporão do centeio, quando convertido em farinha, produz convulsões, a gangrena das extremidades, a queda das unhas, garras e bicos. Esta intoxicação bem caracterizada por os sintomas expostos, não tem desde longos anos apresentado caracteres tão fortemente inquietantes, como relatos por o distinto clínico na ocasião presente.
É fácil obstar-se ao perigo, por isso que, depois da debulha, crivando o centeio cuidadosamente, o esporão, havendo-o, aparta do grão por completo; deve queimar-se em seguida o esporão ara não se misturar com os estrumes, nem ser comido pelas aves e estas, por seu turno, ingerirem a morte […]
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Citação
S/autor, “SECÇÃO AGRÍCOLA. O esporão do centeio
”. In Jornal de Penafiel, 8º Ano, nº 101, p. 1., 16-10-1894. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/484.
”. In Jornal de Penafiel, 8º Ano, nº 101, p. 1., 16-10-1894. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/484.