SECÇÃO AGRÍCOLA. Contra os caracóis
Dublin Core
Título
SECÇÃO AGRÍCOLA. Contra os caracóis
Criador
Rodarval
Fonte
Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 85, p. 1.
Data
18-08-1896
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
O caracol é um inimigo que os horticultores têm a combater muitas vezes para salvarem da voracidade do molusco as suas plantações.
Aquele animalejo vagaroso, que vemos arrastar-se pelo solo, deixando nele um rasto húmido e pegajoso, agarra-se à folha da tenra planta e só a deixa quando a tem reduzido à expressão mais simples; quando não devora tudo, deixa apenas para amostra a nervura média.
Tem-se combatido a devastadora praga por vários meios. Um deles conhecido de longa data consiste no emprego de sal de cozinha (cloreto de sódio), que se espalha em volta da planta que se quer proteger; este meio é, porém, nocivo por isso que o ácido clorídrico, infiltrando-se no solo, vai queimar as raízes do vegetal, e fá-lo seca. Um outro meio que vimos aconselhando há tempos, é colocar à noite, junto ao porto frequentado pelos caracóis um bocado de farelo amontoado; o animal, dizem, é guloso por farelo e detém-se a come-lo até de manhã, podendo então ser destruído.
Ainda não podemos ensaiar este modelo de destruição e por isso não sabemos se realmente é prático e útil.
Há, porém, um processo que é verdadeiramente protetor e que, de mais a mais, se pode empregar com tempo de chuva e humidades, que é justamente quando mais aparecem os terríveis moluscos.
O processo é simples, reduz-se a cercar o canteiro ou alegrete a proteger por uma corda untada de alcatrão ou piche.
Podemos asseverar que, ficando a corda bem rente ao solo, o caracol não a transpõe e desvia-se fugindo, segundo, cremos ao cheiro do alcatrão.
Fizemos algumas experiências sobre o assunto e convencemo-nos da eficácia e vantagens deste processo, que é recentíssimo […]
(Do Jornal Hortícolo-Agrícola)
Aquele animalejo vagaroso, que vemos arrastar-se pelo solo, deixando nele um rasto húmido e pegajoso, agarra-se à folha da tenra planta e só a deixa quando a tem reduzido à expressão mais simples; quando não devora tudo, deixa apenas para amostra a nervura média.
Tem-se combatido a devastadora praga por vários meios. Um deles conhecido de longa data consiste no emprego de sal de cozinha (cloreto de sódio), que se espalha em volta da planta que se quer proteger; este meio é, porém, nocivo por isso que o ácido clorídrico, infiltrando-se no solo, vai queimar as raízes do vegetal, e fá-lo seca. Um outro meio que vimos aconselhando há tempos, é colocar à noite, junto ao porto frequentado pelos caracóis um bocado de farelo amontoado; o animal, dizem, é guloso por farelo e detém-se a come-lo até de manhã, podendo então ser destruído.
Ainda não podemos ensaiar este modelo de destruição e por isso não sabemos se realmente é prático e útil.
Há, porém, um processo que é verdadeiramente protetor e que, de mais a mais, se pode empregar com tempo de chuva e humidades, que é justamente quando mais aparecem os terríveis moluscos.
O processo é simples, reduz-se a cercar o canteiro ou alegrete a proteger por uma corda untada de alcatrão ou piche.
Podemos asseverar que, ficando a corda bem rente ao solo, o caracol não a transpõe e desvia-se fugindo, segundo, cremos ao cheiro do alcatrão.
Fizemos algumas experiências sobre o assunto e convencemo-nos da eficácia e vantagens deste processo, que é recentíssimo […]
(Do Jornal Hortícolo-Agrícola)
Ficheiros
Colecção
Citação
Rodarval, “SECÇÃO AGRÍCOLA. Contra os caracóis
”. In Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 85, p. 1., 18-08-1896. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/498.
”. In Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 85, p. 1., 18-08-1896. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/498.