SECÇÃO AGRÍCOLA. Poda tardia da vinha
Dublin Core
Título
SECÇÃO AGRÍCOLA. Poda tardia da vinha
Criador
J.N.
Fonte
Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 97, p. 1.
Data
29-09-1896
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Nas nossas vinhas faz-se a poda, segundo as regiões, de Dezembro a Abril. A poda tardia feita em Março ou princípio de Abril, é principalmente recomendável par as vinhas submersas periodicamente para combater o filoxera, ou para as existentes em locais onde são de temer as geadas da primavera.
Quando mais tarde uma vinha for podada, tanto menos as geadas brancas são de recear.
Nos vinhedos de grande extensão, quando se não dispõe de um pessoal bastante numeroso para executar a poda tardia deve fazer-se uma poda mista; por exemplo, cortar de Dezembro a Fevereiro os ramos inúteis que devem desaparecer, e podar a seis ou sete olhos os ramos de substituição destinados a tornarem-se polegares. Em Março ou princípio de Abril, a poda de dois olhos dos ramos conservados pode executar-se facilmente e de pronto.
Alguns viticultores pensam que, podando tardiamente as vides, estas ficam fatigadas pelo choro que corre dos cortes feitos.
A análise química destes choros demonstrou de um modo indiscutível, que as perdas são insignificantes e que não enfraquecem as cepas.
Os choros, devido ao fenómeno da absorção, contêm matérias não elaboradas.
A sua quantidade varia segundo os climas; em vinte e quatro horas para uma mesma cepa variaram de 10 a 95 centímetros cúbicos; para uma outra, de 100 a 150 centímetros cúbicos.
O período dos choros dura de 10 a 15 dias. Durante este tempo, o escoamento não é contínuo, variando as quantidades de líquidos produzido de 0,76 a 20 litros. […] As quantidades insignificantes de matérias úteis levadas pelos choros da vide não são de forma alguma perdidas, por isso que caem do solo, onde novo ficam à disposição das raízes.
Quando mais tarde uma vinha for podada, tanto menos as geadas brancas são de recear.
Nos vinhedos de grande extensão, quando se não dispõe de um pessoal bastante numeroso para executar a poda tardia deve fazer-se uma poda mista; por exemplo, cortar de Dezembro a Fevereiro os ramos inúteis que devem desaparecer, e podar a seis ou sete olhos os ramos de substituição destinados a tornarem-se polegares. Em Março ou princípio de Abril, a poda de dois olhos dos ramos conservados pode executar-se facilmente e de pronto.
Alguns viticultores pensam que, podando tardiamente as vides, estas ficam fatigadas pelo choro que corre dos cortes feitos.
A análise química destes choros demonstrou de um modo indiscutível, que as perdas são insignificantes e que não enfraquecem as cepas.
Os choros, devido ao fenómeno da absorção, contêm matérias não elaboradas.
A sua quantidade varia segundo os climas; em vinte e quatro horas para uma mesma cepa variaram de 10 a 95 centímetros cúbicos; para uma outra, de 100 a 150 centímetros cúbicos.
O período dos choros dura de 10 a 15 dias. Durante este tempo, o escoamento não é contínuo, variando as quantidades de líquidos produzido de 0,76 a 20 litros. […] As quantidades insignificantes de matérias úteis levadas pelos choros da vide não são de forma alguma perdidas, por isso que caem do solo, onde novo ficam à disposição das raízes.
Ficheiros
Colecção
Citação
J.N., “SECÇÃO AGRÍCOLA. Poda tardia da vinha
”. In Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 97, p. 1., 29-09-1896. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/499.
”. In Jornal de Penafiel, 10º Ano, nº 97, p. 1., 29-09-1896. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/499.