Maneira de matar o bicho’
Dublin Core
Título
Maneira de matar o bicho’
Criador
s/ autor
Fonte
O Distrito de Faro, nº 1623, p.5
Data
30-05-1907
Colaborador
Ana Isabel Queiroz
Text Item Type Metadata
Text
É raro o lavrador que não mata o bicho por maneiras diferentes, e das lavradoras a tarefa… é muitas vezes um hábito inveterado.
O bicho não se mata, porém, do mesmo modo, às mesmas horas e nos mesmos locais.
Nos hábitos matutinos dos operários rurais, sem distinção de sexos, é uso tradicional matar o bicho com dez réis de aguardente, e, nas aldeias, velhas e moças matam o bicho a toda a hora do dia, assentadas nos portais, desgrenhadas, a gozar a soalheira…
O bicho é uma verdadeira praga, que não só aflige diretamente a humanidade das populações campesinas, mas indiretamente, pelas invasões terríveis e destroços que ocasiona no mundo vegetal.
Todas as plantas mais ou menos estão sujeitas aos ataques e a serem devoradas pelo bicho.
É claro que o bicho nem sempre é o mesmo.
Mas os americanos, que são o diabo para invenções, mandaram-nos do Novo Mundo para a velha Europa um remédio infalível para dar cabo de todos os insectos (bichos) que se nutrem da seiva das plantas.
O novo inseticida americano é um preparado de Arsenato de Chumbo, que, devidamente aplicado, livra as culturas da praga de bichos que devoram.
O novo mata-bicho aplica-se em pulverizações, tal como a calda bordalesa à vinha e à batata.
Aplica-se tanto a árvores e arbustos, como a plantas, como as plantas arvenses.
Sabemos de muitas pessoas que têm tirado várias vantagens do Arsenato de Chumbo, preparado americano, para destruir os piolhos de facaes, melões, roseiras etc. e outros insectos de árvores de fructo.
Vende-se em barris em certa massa branca, que se dilui em água e se emprega com os pulverizadores na dose normal de 1 kilo de Arsenato de Chumbo para 120 litros de água.
Em alguns casos deve reduzir-se a percentagem de água a metade, ou elevar ao dobro a quantidade de Arsenato de Chumbo para o mesmo volume de água.
Que ninguém caia em matar o bicho matutino com semelhante droga, que é venenosa.
Os agricultores que desejem quaisquer esclarecimentos sobre o assunto deste artigo, podem dirigir-se aos srs. O. Herold e C.ª, de Lisboa, que do melhor agrado se prestam a dar-lhos.
O bicho não se mata, porém, do mesmo modo, às mesmas horas e nos mesmos locais.
Nos hábitos matutinos dos operários rurais, sem distinção de sexos, é uso tradicional matar o bicho com dez réis de aguardente, e, nas aldeias, velhas e moças matam o bicho a toda a hora do dia, assentadas nos portais, desgrenhadas, a gozar a soalheira…
O bicho é uma verdadeira praga, que não só aflige diretamente a humanidade das populações campesinas, mas indiretamente, pelas invasões terríveis e destroços que ocasiona no mundo vegetal.
Todas as plantas mais ou menos estão sujeitas aos ataques e a serem devoradas pelo bicho.
É claro que o bicho nem sempre é o mesmo.
Mas os americanos, que são o diabo para invenções, mandaram-nos do Novo Mundo para a velha Europa um remédio infalível para dar cabo de todos os insectos (bichos) que se nutrem da seiva das plantas.
O novo inseticida americano é um preparado de Arsenato de Chumbo, que, devidamente aplicado, livra as culturas da praga de bichos que devoram.
O novo mata-bicho aplica-se em pulverizações, tal como a calda bordalesa à vinha e à batata.
Aplica-se tanto a árvores e arbustos, como a plantas, como as plantas arvenses.
Sabemos de muitas pessoas que têm tirado várias vantagens do Arsenato de Chumbo, preparado americano, para destruir os piolhos de facaes, melões, roseiras etc. e outros insectos de árvores de fructo.
Vende-se em barris em certa massa branca, que se dilui em água e se emprega com os pulverizadores na dose normal de 1 kilo de Arsenato de Chumbo para 120 litros de água.
Em alguns casos deve reduzir-se a percentagem de água a metade, ou elevar ao dobro a quantidade de Arsenato de Chumbo para o mesmo volume de água.
Que ninguém caia em matar o bicho matutino com semelhante droga, que é venenosa.
Os agricultores que desejem quaisquer esclarecimentos sobre o assunto deste artigo, podem dirigir-se aos srs. O. Herold e C.ª, de Lisboa, que do melhor agrado se prestam a dar-lhos.
Ficheiros
Colecção
Citação
s/ autor, “Maneira de matar o bicho’
”. In O Distrito de Faro, nº 1623, p.5 , 30-05-1907. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/52.
”. In O Distrito de Faro, nº 1623, p.5 , 30-05-1907. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/52.