Alternativas de calor e humidade
Dublin Core
Título
Alternativas de calor e humidade
Criador
s/ autor
Fonte
O Distrito de Faro, nº1625, p.2
Data
13-06-1907
Colaborador
Ana Isabel Queiroz
Text Item Type Metadata
Text
As doenças são devidas, no geral dos casos, ao desenvolvimento de seres infinitamente pequenos, quer animais, quer vegetais, que alteram as condições regulares da vida, tanto dos animais, como dos vegetais, à custa dos quais eles vivem e se propagam e desenvolvem.
As doenças mais vulgares das plantas são devidas ao desenvolvimento de fungos ou parasitas vegetais, que se implantam, vegetam e se propagam nas plantas, à custa das quais vivem.
No número destas doenças conta-se, tanto o míldio, como o oídium, entre as mais generalizadas e de mais terríveis consequências.
O meio mais adequado e apropriado para o desenvolvimento e propagação dos fungos é, sem contestação, uma atmosfera quente e húmida.
Não há nada mais favorável para o desenvolvimento dos fungos do que as alternativas de calor e humanidade.
É por isso que, quando a primavera e o estio correm quentes e secos, o míldio pouco se manifesta e, quando o faz, nunca se espalha, nem se desenvolve, como acontece quando, contrariamente, no meio do calor primaveril ou estival, sucedem alternativas de humidade, quer sejam devidas a chuvas, ou a nevoeiros.
Quanto maior for a frequência dessas alternativas, tanto maior será a intensidade e a extensão do mal ocasionado pelas invasões dos diferentes fungos, em geral, e especialmente do míldio e do oídium.
Visto a maneira como o tempo bem decorrido, a prolongadíssima estiagem que se tem observado, indo faz prever que o tempo vai correr de feição para facilitar a propagação dos fungos e que as alternativas de calor e humidade, que se estão dando e que mais ainda se devem acentuar, farão desenvolver extraordinariamente neste ano, tanto o míldio, como o oídium.
É triste, mas é evidente, que as vinhas estão fortemente ameaçadas por estes terríveis flagelos e que por isso bem prudentemente procederão os viticultores, precavendo-se por meio de tratamentos preventivos aconselhados contra a ameaça que têm suspensa sobre as suas vinhas e sobre o futuro da sua produção.
É bem certo que mais vale evitar o mal que ter depois de o remediar, e que é sempre mais difícil, mais caro e menos eficaz.
Acautelem-se os viticultores contra os efeitos das mais prováveis alternativas de calor e humidade, que estão em perspectiva e que são o meio mais propício para o desenvolvimento dos fungos, origem das doenças das videiras, míldio e oídium.
Contra o míldio, os sais de cobre e os preparados cúpricos.
Contra o oídium, o enxofre.
Previnam-se com tempo, para não terem que remediar tarde e a más horas.
Os agricultores que desejem quaisquer esclarecimentos sobre o assunto deste artigo, podem dirigir-se aos srs. O. Herold & C.ª, de Lisboa, que do melhor grado se prestam a dar-lhos.
As doenças mais vulgares das plantas são devidas ao desenvolvimento de fungos ou parasitas vegetais, que se implantam, vegetam e se propagam nas plantas, à custa das quais vivem.
No número destas doenças conta-se, tanto o míldio, como o oídium, entre as mais generalizadas e de mais terríveis consequências.
O meio mais adequado e apropriado para o desenvolvimento e propagação dos fungos é, sem contestação, uma atmosfera quente e húmida.
Não há nada mais favorável para o desenvolvimento dos fungos do que as alternativas de calor e humanidade.
É por isso que, quando a primavera e o estio correm quentes e secos, o míldio pouco se manifesta e, quando o faz, nunca se espalha, nem se desenvolve, como acontece quando, contrariamente, no meio do calor primaveril ou estival, sucedem alternativas de humidade, quer sejam devidas a chuvas, ou a nevoeiros.
Quanto maior for a frequência dessas alternativas, tanto maior será a intensidade e a extensão do mal ocasionado pelas invasões dos diferentes fungos, em geral, e especialmente do míldio e do oídium.
Visto a maneira como o tempo bem decorrido, a prolongadíssima estiagem que se tem observado, indo faz prever que o tempo vai correr de feição para facilitar a propagação dos fungos e que as alternativas de calor e humidade, que se estão dando e que mais ainda se devem acentuar, farão desenvolver extraordinariamente neste ano, tanto o míldio, como o oídium.
É triste, mas é evidente, que as vinhas estão fortemente ameaçadas por estes terríveis flagelos e que por isso bem prudentemente procederão os viticultores, precavendo-se por meio de tratamentos preventivos aconselhados contra a ameaça que têm suspensa sobre as suas vinhas e sobre o futuro da sua produção.
É bem certo que mais vale evitar o mal que ter depois de o remediar, e que é sempre mais difícil, mais caro e menos eficaz.
Acautelem-se os viticultores contra os efeitos das mais prováveis alternativas de calor e humidade, que estão em perspectiva e que são o meio mais propício para o desenvolvimento dos fungos, origem das doenças das videiras, míldio e oídium.
Contra o míldio, os sais de cobre e os preparados cúpricos.
Contra o oídium, o enxofre.
Previnam-se com tempo, para não terem que remediar tarde e a más horas.
Os agricultores que desejem quaisquer esclarecimentos sobre o assunto deste artigo, podem dirigir-se aos srs. O. Herold & C.ª, de Lisboa, que do melhor grado se prestam a dar-lhos.
Ficheiros
Colecção
Citação
s/ autor, “Alternativas de calor e humidade”. In O Distrito de Faro, nº1625, p.2 , 13-06-1907. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/53.