SECÇÃO AGRÍCOLA.
BLACK-ROT
Dublin Core
Título
SECÇÃO AGRÍCOLA.
BLACK-ROT
BLACK-ROT
Criador
António Batalha Reis
Fonte
Jornal de Penafiel, 13º ano, nº 78, pp. 1-2.
Data
28-07-1899
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Vemos por toda a parte tingirem-se as uvas das suas cores próprias e continuarem as especiais condições meteorológicas a favorece o aparecimento de todas as doenças criptogâmicas que atacam de preferência as vinhas.
Chega enfim a época em que o terrível black-rot pode manifestar-se e ser para as nossas vinhas a punhalada que dantes se chamavam de misericórdia quando era aplicada aos agonizantes.
Constitui e caracteriza esta invasão o seguinte:
São em geral as folhas mais novas, e mais próximas do solo, as primeiras atacadas, e esta manifestação adiante-se muito ao ataque do bago.
Nas folhas atacadas, vêem-se pequenas manchas do tamanho de um tostão em prata (pouco mais ou menos) e cor de canela ou de folha seca, e sem florescências salinas na página inferior.
Examinando as ditas manchas com uma lente, vemos pequenos pontos negros espalhados por elas.
Esses pontos são pústulas que têm em si as sementes especiais do black-rot.
É por isso costume apanhar e destruir essas folhas para desse modo diminuir a intensidade do ataque.
Nos bagos, começa o black-rot por manchas descoradas na pele, que alargam e tomam uma cor lívida que se apresenta mais desmaiada nos bordos e mais carregada no centro.
Desde que o mal chega a esta situação, progride ele rapidamente, e num ou dois dias tem contaminado todo o bago.
Em seguida, fica o bago chupado e seco e apresenta-se de cor negra, com reflexos azulados.
É característica especialmente do black-rot, o acusarem-se na superfície dos bagos mortos, uns pequenos pontos negros, que representam as pústulas que acompanham esta doença, e distinguem particularmente o black-rot dos
outros rots.
Enquanto o remédio de momento, não há nenhum para este ou aquele rot: o que há porém, de seguro, para evitar este e os outros, é tratar a vinha, com sais cúpricos, quer em pós, quer em caldas liquidas, que se ponham em contacto com todas as superfícies dos bagos, desde a sua inserção com o engaço até à sua superfície superior.
Quem tiver tratado desde o princípio e continuar ainda os tratamentos bem-feitos, não me parece que tenha recear prejuízos sérios de nenhum rot, nem ainda do black-rot.
Chega enfim a época em que o terrível black-rot pode manifestar-se e ser para as nossas vinhas a punhalada que dantes se chamavam de misericórdia quando era aplicada aos agonizantes.
Constitui e caracteriza esta invasão o seguinte:
São em geral as folhas mais novas, e mais próximas do solo, as primeiras atacadas, e esta manifestação adiante-se muito ao ataque do bago.
Nas folhas atacadas, vêem-se pequenas manchas do tamanho de um tostão em prata (pouco mais ou menos) e cor de canela ou de folha seca, e sem florescências salinas na página inferior.
Examinando as ditas manchas com uma lente, vemos pequenos pontos negros espalhados por elas.
Esses pontos são pústulas que têm em si as sementes especiais do black-rot.
É por isso costume apanhar e destruir essas folhas para desse modo diminuir a intensidade do ataque.
Nos bagos, começa o black-rot por manchas descoradas na pele, que alargam e tomam uma cor lívida que se apresenta mais desmaiada nos bordos e mais carregada no centro.
Desde que o mal chega a esta situação, progride ele rapidamente, e num ou dois dias tem contaminado todo o bago.
Em seguida, fica o bago chupado e seco e apresenta-se de cor negra, com reflexos azulados.
É característica especialmente do black-rot, o acusarem-se na superfície dos bagos mortos, uns pequenos pontos negros, que representam as pústulas que acompanham esta doença, e distinguem particularmente o black-rot dos
outros rots.
Enquanto o remédio de momento, não há nenhum para este ou aquele rot: o que há porém, de seguro, para evitar este e os outros, é tratar a vinha, com sais cúpricos, quer em pós, quer em caldas liquidas, que se ponham em contacto com todas as superfícies dos bagos, desde a sua inserção com o engaço até à sua superfície superior.
Quem tiver tratado desde o princípio e continuar ainda os tratamentos bem-feitos, não me parece que tenha recear prejuízos sérios de nenhum rot, nem ainda do black-rot.
Ficheiros
Colecção
Citação
António Batalha Reis, “SECÇÃO AGRÍCOLA.
BLACK-ROT
”. In Jornal de Penafiel, 13º ano, nº 78, pp. 1-2., 28-07-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/548.
BLACK-ROT
”. In Jornal de Penafiel, 13º ano, nº 78, pp. 1-2., 28-07-1899. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/548.