SECÇÃO AGRÍCOLA
A goma nas laranjeiras e nos limoeiros
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Título
SECÇÃO AGRÍCOLA
A goma nas laranjeiras e nos limoeiros
A goma nas laranjeiras e nos limoeiros
Criador
S/autor
Fonte
Jornal de Penafiel, 20º Ano, nº 21, p. 1.
Data
09-01-1906
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Os limoeiros e as laranjeiras afetados desta doença até testam ao longe o seu estado de sofrimento pela cor da folhagem, cujo verde desmaia e vira ao amarelado, as folhinhas e gomos tenros murcham e secam.
Observada de perto a árvore afetada descobre-se-lhe no tronco, quási sempre junto ao nó da raiz, uma ou mais feridas de cor cinzenta, pela qual escorre um humor copioso, denigro e puriforme.
Esta ferida é um verdadeiro cancro ou caria, cujo humor profunda até ao alburno, e entre este e a camada gerado, se estende mais ou menos umas vezes em superfície deslocando ou solapando maior ou menor porção de casca; outras vezes penetrando perpendicularmente o lenho que destrói até chegar à medula […]
O tratamento local consiste:
Logo que se veja amarelecer ou murchar a folhagem de algum lado, é necessário descalçar a árvore para ver se se acha atacada.
A mesma operação se pratica ainda quando a folhagem não acuse a doença, se contudo o tronco oferece aqui ou ali gretas exalando goma, não cristalina e de cor pardenta, engrossamentos ou nódoas na casca.
Nos pontos afetados levantar-se-á com uma navalha podadeira uma pequena tira de casca para se ver o estado do alburno. Se este tem uma cor branca de leite, deixa-se ficar a casca. Se o alburno tem uma cor amarela ou arroxeada corta-se a porção de casa doente e se aparará o alburno até o por no são. […]
Não só as raízes cariadas, mas as que se acharem secas se amputarão. […]
É necessário impedir que a terra ou a água de rega chegue ao contato com as raízes operadas. Isto se consegue formando um calço circular de terra batida em volta da cova em que se acham as raízes doentes, e à distância de 60 centímetros um outro calço circular concêntrico com o primeiro. É por entre estes dois calços que se conduz a rega.
Regam-se as árvores em tratamento de oito a dez dias se se entender necessário.
Logo que a goma transuda das feridas límpida e cristalina é sinal de cura certa.
Se a caria invadiu muito profundamente a raiz e se estendeu a mais de dois terços do tronco, é quási inútil este tratamento.
O tratamento geral reduz-se a peneirar sobre as árvores doentes o gesso cosido.
Observada de perto a árvore afetada descobre-se-lhe no tronco, quási sempre junto ao nó da raiz, uma ou mais feridas de cor cinzenta, pela qual escorre um humor copioso, denigro e puriforme.
Esta ferida é um verdadeiro cancro ou caria, cujo humor profunda até ao alburno, e entre este e a camada gerado, se estende mais ou menos umas vezes em superfície deslocando ou solapando maior ou menor porção de casca; outras vezes penetrando perpendicularmente o lenho que destrói até chegar à medula […]
O tratamento local consiste:
Logo que se veja amarelecer ou murchar a folhagem de algum lado, é necessário descalçar a árvore para ver se se acha atacada.
A mesma operação se pratica ainda quando a folhagem não acuse a doença, se contudo o tronco oferece aqui ou ali gretas exalando goma, não cristalina e de cor pardenta, engrossamentos ou nódoas na casca.
Nos pontos afetados levantar-se-á com uma navalha podadeira uma pequena tira de casca para se ver o estado do alburno. Se este tem uma cor branca de leite, deixa-se ficar a casca. Se o alburno tem uma cor amarela ou arroxeada corta-se a porção de casa doente e se aparará o alburno até o por no são. […]
Não só as raízes cariadas, mas as que se acharem secas se amputarão. […]
É necessário impedir que a terra ou a água de rega chegue ao contato com as raízes operadas. Isto se consegue formando um calço circular de terra batida em volta da cova em que se acham as raízes doentes, e à distância de 60 centímetros um outro calço circular concêntrico com o primeiro. É por entre estes dois calços que se conduz a rega.
Regam-se as árvores em tratamento de oito a dez dias se se entender necessário.
Logo que a goma transuda das feridas límpida e cristalina é sinal de cura certa.
Se a caria invadiu muito profundamente a raiz e se estendeu a mais de dois terços do tronco, é quási inútil este tratamento.
O tratamento geral reduz-se a peneirar sobre as árvores doentes o gesso cosido.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “SECÇÃO AGRÍCOLA
A goma nas laranjeiras e nos limoeiros
”. In Jornal de Penafiel, 20º Ano, nº 21, p. 1., 09-01-1906. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/617.
A goma nas laranjeiras e nos limoeiros
”. In Jornal de Penafiel, 20º Ano, nº 21, p. 1., 09-01-1906. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 30 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/617.